INEM? Chega diz que Governo está a adotar medidas redundantes

O presidente do Chega defendeu hoje que o Governo está a adotar medidas redundantes e a fazer uma "fuga para a frente" para responder à crise no INEM, considerando que as soluções apresentadas não trazem "nada de novo".

Notícia

© Getty

Lusa
21/11/2024 18:15 ‧ há 6 horas por Lusa

Política

INEM

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, André Ventura argumentou que o reforço anunciado pelo Governo "vem tarde e não traz nada de muito novo em relação ao funcionamento das próprias equipas de socorro e assistências", porque, acrescentou, "já há muito tempo que (o INEM) contempla a participação de equipas de bombeiros".

 

Ventura reagia à notícia veiculada pelo jornal Público de que o Ministério da Saúde decidiu criar um Dispositivo Especial de Emergência Pré-Hospitalar, que pode ter até 100 equipas de bombeiros, para funcionar entre dezembro e fevereiro, reforçando a resposta durante o pico da gripe.

O líder do Chega defendeu que o Governo tinha a opção de "assumir a quota parte de responsabilidade" e que o sistema do INEM e sua organização política falharam "desde a cúpula até às estruturas mais intermédias e mais baixas", mas optou por "fugir para a frente e encenar medidas artificiais".

"O Governo não vai trazer nada de novo senão envolver os bombeiros num processo em que já os bombeiros são envolvidos a mais de 90%, em que há uma dívida astronómica do Estado aos bombeiros, do INEM aos bombeiros e do Estado ao INEM. E nenhuma palavra do Governo sobre esse pagamento de dívida", acrescentou.

Ventura lembrou também a resolução do partido, que será apresentada no parlamento, que recomenda ao Governo que censure a ministra da Saúde e pede a sua substituição.

Apesar de esta resolução não ser uma vinculativa, Ventura defendeu que terá uma "força política evidente" caso seja aprovada, apelando aos partidos que já pediram a demissão de Ana Paula Martins que permitam a sua viabilização.

O líder do Chega insistiu também na necessidade do presidente do INEM, que está esta tarde a ser ouvido no parlamento, apresentar a sua demissão, afirmando que Sérgio Janeiro não se "pode furtar" à responsabilidade pela falta de resposta dos serviços de emergência médica nos últimos dias.

"Se perante mortes que são evidentes e que têm sido noticiadas todos os dias, uns por espera absolutamente pornográfica, outros de falta de socorro, se o Presidente do INEM entende que pode vir a esta Assembleia da República e dizer que tem todas as condições para continuar, eu acho que está tudo errado do ponto de vista da responsabilização política", atirou.

Ventura pronunciou-se ainda sobre as propostas de aumento de pensões que estão a ser negociadas no âmbito da especialidade do Orçamento do Estado para 2025, reiterando que o partido só votará a favor de aumentos que estejam fora da "responsabilidade orçamental", depois de ser questionado sobre o voto do Chega às propostas dos partidos de esquerda para as pensões.

Leia Também: IL contra aumento de pensões e acusa PS e Chega de criarem dificuldades

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas