"As empresas, tanto a SIGA como a Rodoeste, estão com dificuldades em cumprir as exigências que o Governo impôs, nomeadamente ao nível de carreiras, de logística de condutores dos autocarros e também de horários", alertou.
O candidato falava no âmbito de uma ação de campanha na Ribeira Brava, na zona oeste da ilha, focada no contacto com a população e na problemática da mobilidade terrestre, onde criticou a atuação do executivo madeirense ao nível do transporte público e privado de passageiros.
"É preciso rever a situação", disse, para logo reforçar: "Nós sabemos que quem acaba sempre por ficar prejudicado nestas situações são as pessoas e quem governa tem que governar para as pessoas, sempre com o pensamento que é para melhorar a vida das pessoas e não para criar entropias e dificuldades".
Caso o Chega mantenha a representação na Assembleia Legislativa, Miguel Castro, também líder regional do partido, prometeu apresentar um "plano de reforma e de reformulação" dos transportes para minimizar o problema.
O candidato defendeu, por outro lado, a elaboração de um projeto para dinamizar a vila da Ribeira Brava, uma localidade que até ao princípio da década de 90 do século passado funcionava como plataforma rodoviária entre a costa norte e a zona oeste da ilha e o Funchal.
Na altura, a vila era um ponto de paragem obrigatória, mas perdeu importância com a construção das vias rápidas.
"No centro da Ribeira Brava, o que as pessoas pedem é que haja uma dinâmica, tanto governamental como autárquica, para que se volte a implementar o roteiro da Ribeira Brava como roteiro da passagem quase obrigatória e tradicional entre o norte e o sul", alertou.
No arranque da segunda semana de campanha eleitoral, Miguel Castro faz um "balanço positivo" da atividade do Chega, vincando que o partido tem um "plano para reformar a política portuguesa".
"Há partidos que acham que são donos da autonomia, mas somos portugueses acima de tudo", disse, acrescentando: "O plano vem de Lisboa [da estrutura nacional do partido], com muito orgulho, com muito gosto, porque é a nossa pátria, o nosso país, e nós somos todos portugueses."
"O plano de reformar a política portuguesa passa também pela Madeira", reforçou.
As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem no dia 23, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS dois. PAN e IL têm um assento e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
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