A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, pediu para que o Governo condene "a atuação de Israel" que, durante a noite de domingo, desviou o veleiro 'Madleen' de ajuda humanitária, que tem a bordo 12 ativistas, incluindo a sueca Greta Thunberg, e que se dirigia para a Faixa de Gaza.
"A Flotilha da Liberdade, que levava ajuda humanitária a Gaza foi intercetada pelas forças israelitas. Está em causa o apoio ao povo de Gaza e a segurança dos ativistas, incluindo Greta Thunberg e Rima Hassan", escreveu Mariana Mortágua na rede social X (antigo Twitter).
E acrescentou: "O Governo português deve condenar imediatamente a atuação de Israel".
Recorde-se que a Freedom Flotilla Coalition (FFC), que fretou o navio, anunciou a abordagem do navio pela armada israelita.
"Perdeu-se a ligação com o Madleen. O exército israelita entrou a bordo do navio", anunciou a coligação através da rede social Telegram, afirmando que a tripulação tinha sido 'raptada pelas forças israelitas'.
A Flotilha da Liberdade, que levava ajuda humanitária a Gaza, foi interceptada pelas forças israelitas. Está em causa o apoio ao povo de Gaza e a segurança dos ativistas, incluindo @GretaThunberg e @RimaHas. O governo português deve condenar imediatamente a atuação de Israel.
— mariana mortágua (@MRMortagua) June 9, 2025
A FFC denunciou ainda a existência de uma "clara violação do direito internacional", insistindo que a abordagem teve lugar em águas internacionais.
"Israel não tem autoridade legal para deter voluntários internacionais a bordo do Madleen", afirmou o diretor da organização, Huwaida Arraf.
A Frota da Liberdade, formada em 2010, é um movimento internacional não violento de solidariedade para com o povo palestiniano, com uma vertente humanitária, que se opõe ativamente ao bloqueio israelita à Faixa de Gaza.
Leia Também: Israel irá mostrar vídeos de ataques do Hamas a Greta e ativistas