Seguro e os "pontos cardeais" de uma candidatura "não partidária" a Belém

O antigo secretário-geral do PS, António José Seguro, está a apresentar a sua candidatura a Presidente da República no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha.

António José Seguro apresenta oficialmente a candidatura à Presidência da República

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Notícias ao Minuto com Lusa
15/06/2025 16:33 ‧ ontem por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

Presidenciais

O antigo secretário-geral do Partido Socialista (PS), António José Seguro, apresentou este domingo a sua candidatura à Presidência da República e prometeu ter os valores da "liberdade, igualdade, solidariedade, respeito pelo outro e seriedade" como "pontos cardeais".

 

"É por Portugal que aqui estamos", começou por referir António José Seguro na apresentação da sua candidatura a Presidente da República, no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha.

O socialista prosseguiu com uma "palavra de carinho eterno" a quem o ajudou a formar-se "como homem e como cidadão" e que lhe transmitiram "valores inegociáveis", como "liberdade, igualdade, solidariedade, respeito pelo outro e seriedade".

"São valores que fortaleceram o meu percurso, sem desvio ou arrependimento. São também estes valores que estão na origem do caminho que agora estamos a iniciar: Liberdade, igualdade, solidariedade, respeito pelo outro e seriedade", continuou.

Segundo Seguro, "estes são os pontos cardeais de um percurso que tem uma meta: a de fazer Portugal um país justo e de excelência".

"O que nos une é o amor por Portugal e é por Portugal que sou candidato à Presidência da República", frisou, destacando que "o nosso país precisa de mudança e esperança numa vida melhor".

Considerando que "as pessoas estão fartas de promessas vazias, jogos partidários e discursos que nada resolvem", Seguro lembrou que não vem da "política tradicional, do jogo da intriga e dos joguinhos de poder" e que está com "vontade de servir Portugal com seriedade, com independência e com ação". 

"Sou livre, vivo sem amarras", atirou, acrescentando que a "candidatura não é partidária, nem nunca será".

"Somos um só povo, uma só nação, um só Portugal, plural e inclusivo, respeitador da liberdade de cada um e solidário nas nossas necessidades comuns. Esta é a candidatura dos homens e das mulheres progressistas, que pugnam por um país justo e de excelência", disse.

"Onde o progresso económico anda de mãos dadas com a justiça social, um país que aposta na igualdade de oportunidades para evitar que nascer pobre seja uma sentença, um país onde o futuro não emigra, um país onde a política não se encontra separada da ética, nem a ética separada da política. Onde a cultura e o ambiente são eixos estruturantes das políticas públicas, em que a democracia não é só eleições e tem uma dimensão social com soluções que promovem a coesão, proteção e elevadores sociais", acrescentou.

Seguro frisou que o "próximo Presidente da República tem uma missão muito exigente", uma vez que "tudo está em mudança e tudo é incerto", mas garantiu que sabe como "defender Portugal com firmeza e respeito".

"Não preciso de aprender no cargo, chego preparado", atirou. "Os portugueses conhecem-me, sabem quem sou e de onde venho. Assumo por inteiro e com orgulho o meu percurso e todo o meu passado, transparente e cristalino".

António José Seguro disse que se afastou da vida política "quando podia dividir" e agora regressa, passado uma década, "para unir". "Não venho pedir nada, venho retribuir muito do que os portugueses me deram", salientou.

O antigo secretário-geral socialista comprometeu-se ainda a ser o Presidente "íntegro, com uma dimensão ética à prova de bala, com valores e princípios, que acredite no diálogo para unir e promover compromissos entre os atores políticos, e não desista da esperança na paz na Europa, em Gaza e no mundo".

"Serei esse Presidente, serei o vosso Presidente, um Presidente que fala verdade, ouve com humildade, decide com coragem", indicou, referindo que conta "com todos, com quem votou e com quem se cansou de votar, com quem acredita e com quem duvida".

No discurso, de pouco mais de meia hora, o candidato assumiu sete compromissos fundamentais com a justiça social e os direitos humanos, a defesa da democracia e do Estado de Direito, diálogo e concertação política, valorização da cultura, da ciência e da educação, compromisso com a sociedade internacional e o os direitos dos povos, "pugnando pela paz na Europa e em Gaza", políticas de valorização do trabalho e a participação de Portugal no centro da integração política Europeia.

O antigo líder socialista anunciou a entrada na corrida a Belém em 3 de junho, no dia em que o novo parlamento iniciou funções, através de um vídeo publicado pela TVI/CNN Portugal.

Dois dias depois de confirmar a candidatura, no seu último comentário no espaço na CNN, António José Seguro considerou que o PS tem "todo o tempo do mundo para decidir" o que fazer no que toca às eleições presidenciais, afirmando que tem muita gente com ele dentro e fora do partido.

Além de António José Seguro, também o antigo líder do PSD Luís Marques Mendes, o ex-chefe do Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo, e Joana Amaral Dias já apresentaram as suas candidaturas às eleições presidenciais que serão disputadas em janeiro do próximo ano.

Até ao momento, Seguro foi a única personalidade da área socialista que já anunciou uma candidatura a chefe de Estado.

[Notícia atualizada às 18h19]

Leia Também: Após uma década de interregno na política, Seguro concorre a Belém

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