Cientistas do Técnico colaboram na "1.ª observação de novo efeito físico"

A professora Marija Vranic e o aluno de doutoramento Óscar Amaro, do Instituto Superior Técnico (IST), participaram num estudo internacional que permitiu a "primeira observação de um novo efeito físico", indicou na quarta-feira o estabelecimento de ensino superior português.

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© Instituto Superior Técnico (IST)

Lusa
21/11/2024 13:12 ‧ há 3 horas por Lusa

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Os dois investigadores integram o Grupo de Lasers e Plasmas do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN) do IST e foram responsáveis pela parte teórica do estudo divulgado no passado dia 14 de outubro na revista científica Nature Photonics.

 

Segundo um comunicado do Técnico, o "feixe de raios gama produzido em experiência internacional na Coreia do Sul foi mil vezes mais brilhante do que os recordes anteriores para esta escala de energia".

"Os resultados (...) confirmam um fenómeno físico conhecido como dispersão de Compton não linear e têm um grande potencial para aplicações em estudos de física nuclear, produção de antimatéria, e até em imagiologia médica e biológica com a nova fonte de radiação", assinala o texto.

"Aqui temos uma fonte de frequência naturalmente ajustável, que pode ser usada para várias coisas, por exemplo para ver objetos muito pequenos e mudanças muito rápidas", refere a professora do Departamento de Física do IST Marija Vranic, citada no comunicado.

A investigadora considera que a experiência realizada constitui "um passo importante", precisando que se abriu caminho para uma melhor visualização do que "normalmente é difícil ver diretamente", como os processos biológicos, imagens da qualidade de peças críticas (como as de um avião) antes de as instalar ou o estado de reatores nucleares antigos sem os abrir.

"Este estudo tem uma parte fundamental: A verificação dum efeito teoricamente previsto há décadas, e uma parte relevante para aplicações - o feixe de fotões obtido tem características benéficas para ser usado como fonte de radiação que permite obter imagens médicas e biológicas, de segurança e de controlo de qualidade", adianta.

O IST referiu ainda que a investigação que deu origem ao referido artigo "faz parte de um esforço global para compreender melhor a eletrodinâmica quântica (QED) em campos fortes --- um ramo da física que normalmente lida com fenómenos encontrados em ambientes astrofísicos extremos, como pulsares, magnetares, supernovas e buracos negros".

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