Os últimos anos têm sido marcados por uma regulamentação cada vez maior das gigantes tecnológicas norte-americanas nos territórios da União Europeia, um trabalho que se deveu sobretudo a Margrethe Vestager enquanto Comissária Europeia para a Concorrência.
Agora, praticamente de saída do cargo, Vestager dei uma entrevista ao The New York Times onde refere que, apesar da Lei dos Serviços Digitais e da Lei dos Mercados Digitais, considera que foi só “parcialmente bem sucedida” no que diz respeito a regular as grandes plataformas.
Vestager admite que gostaria que o seu departamento tivesse sido mais rápido e que poderia ter incentivado as empresas a fazerem mais mudanças estruturais. Com esta aprendizagem, Vestager diz agora que os reguladores deviam ter uma postura “mais ousada”.
Especificamente sobre a Lei dos Serviços Digitais, Vestager afirmou que acha completamente natural que as empresas dos EUA obedeçam a leis locais.
“Considero completamente legítimo que, por exemplo, o meu país natal, a Dinamarca, aprove uma lei que torna ilegal o discurso de ódio”, disse. “Não considero legítimo não querer respeitar estas leis. Um dos aspetos fundamentais do modelo europeu é o Estado de direito e a igualdade de tratamento, e isto deve existir para todos”.
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