De acordo com o relatório "O Estado do Nosso Mundo 2025", o resultado demonstra que a implementação desta tecnologia ainda enfrenta desafios, o que pode ser justificado pela falta de talento especializado, pela necessidade de infraestruturas adequadas e pelas preocupações regulatórias e éticas.
Apesar disso, "76% dos colaboradores já notaram mudanças no seu trabalho devido à IA, e estima-se que entre 15% e 50% das tarefas atuais possam ser automatizadas nos próximos anos".
Segundo o documento, antevê-se que até 85 milhões de empregos possam ser substituídos pela automação ainda este ano, ao mesmo tempo que também se prevê a criação de 97 milhões de novos postos de trabalho.
Além disso, o relatório destaca a geopolítica atual como uma prioridade para as empresas, pois 86% dos líderes já estão a tomar medidas para mitigar os riscos relacionados com a distribuição dos seus produtos, a redução das suas faturas energéticas e a gestão dos seus sistemas de abastecimento.
"A globalização está a dar lugar a um ambiente mais fragmentado, onde a competição entre blocos redefine o comércio e o investimento. O conflito na Ucrânia e a crescente rivalidade entre os EUA e a China aceleraram esta transição, criando três blocos: um liderado pelos EUA, outro pela China e Rússia, e um terceiro composto por países neutros", lê-se no relatório.
Outro fator relevante identificado é o aumento da regulamentação em setores críticos para a economia mundial, como as finanças, a cibersegurança e a tecnologia, o que obriga as empresas a ajustarem-se a novos padrões normativos, dificultando a implementação de IA.
Para o presidente da Oliver Wyman de Portugal e Espanha, Pablo Campos, "as empresas já não podem operar com os mesmos esquemas do passado. A velocidade e a magnitude das mudanças exigem uma capacidade de resposta mais ágil e uma visão estratégica que permita converter a incerteza numa vantagem competitiva".
A elaboração do estudo teve como base a realização de um inquérito da Oliver Wyman a 300 empresas globais.
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