Empresas admitem importância de IA mas têm falta de retorno financeiro

Cerca de 97% das empresas analisadas num estudo, desenvolvido pela Oliver Wyman, reconhecem a importância da inteligência artificial (IA), mas apenas 17% dizem que obtiveram um retorno significativo dos investimentos feitos nesta matéria.

Notícia

© Shutterstock

Lusa
18/03/2025 16:10 ‧ ontem por Lusa

Tech

Inteligência Artificial

De acordo com o relatório "O Estado do Nosso Mundo 2025", o resultado demonstra que a implementação desta tecnologia ainda enfrenta desafios, o que pode ser justificado pela falta de talento especializado, pela necessidade de infraestruturas adequadas e pelas preocupações regulatórias e éticas.

 

Apesar disso, "76% dos colaboradores já notaram mudanças no seu trabalho devido à IA, e estima-se que entre 15% e 50% das tarefas atuais possam ser automatizadas nos próximos anos".

Segundo o documento, antevê-se que até 85 milhões de empregos possam ser substituídos pela automação ainda este ano, ao mesmo tempo que também se prevê a criação de 97 milhões de novos postos de trabalho.

Além disso, o relatório destaca a geopolítica atual como uma prioridade para as empresas, pois 86% dos líderes já estão a tomar medidas para mitigar os riscos relacionados com a distribuição dos seus produtos, a redução das suas faturas energéticas e a gestão dos seus sistemas de abastecimento.

"A globalização está a dar lugar a um ambiente mais fragmentado, onde a competição entre blocos redefine o comércio e o investimento. O conflito na Ucrânia e a crescente rivalidade entre os EUA e a China aceleraram esta transição, criando três blocos: um liderado pelos EUA, outro pela China e Rússia, e um terceiro composto por países neutros", lê-se no relatório.

Outro fator relevante identificado é o aumento da regulamentação em setores críticos para a economia mundial, como as finanças, a cibersegurança e a tecnologia, o que obriga as empresas a ajustarem-se a novos padrões normativos, dificultando a implementação de IA. 

Para o presidente da Oliver Wyman de Portugal e Espanha, Pablo Campos, "as empresas já não podem operar com os mesmos esquemas do passado. A velocidade e a magnitude das mudanças exigem uma capacidade de resposta mais ágil e uma visão estratégica que permita converter a incerteza numa vantagem competitiva".

A elaboração do estudo teve como base a realização de um inquérito da Oliver Wyman a 300 empresas globais.

Leia Também: Europol diz que IA está a impulsionar o crime organizado na UE

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas