Segundo a OPP, um em cada três portugueses ve^ informações falsas ou erradas quase todos os dias, sendo as crianças, adolescentes e idosos os grupos etários mais vulneráveis no que toca à desinformação.
A OPP indica em comunicado que estima que cerca de 50% dos alunos de 15 anos não distingue factos de opiniões e que as pessoas com mais de 65 anos partilham sete vezes mais desinformação do que os jovens adultos.
Através do guia "Vamos Falar Sobre Desinformação", a OPP pretende explicar o que é a desinformação, os impactos da mesma na sociedade, como funciona e as razões que levam à sua criação.
A Ordem dos Psicólogos dá conta no comunicado de que a desinformação é criada para explorar vulnerabilidades psicológicas, sobrecarregando as pessoas com informação e mexendo com as suas emoções.
Para consciencializar sobre as estratégias utilizadas por quem produz conteúdos desinformativos, a OPP alerta para três "armadilhas", como a tentação de confirmar a visão do mundo, confiar cegamente nas pessoas de um grupo e a simplificação daquilo que é complexo.
No guia são também apresentadas dicas, como a verificação de várias fontes para a informação que é partilhada, a denúncia de objetos desinformativos e a partilha de conteúdos aprovados por especialistas, apelando para a reflexão antes da partilha nas redes sociais de qualquer conteúdo, considerando que uma informação falsa se espalha sete vezes mais rapidamente do que uma verdadeira.
Aos pais e educadores, a OPP apelou para um diálogo aberto com as crianças e adolescentes sobre a utilização das tecnologias digitais, explicando a importância do 'fact-checking' (verificação de factos) e a adoção de hábitos digitais seguros.
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