Uma ameaça nunca vem só: Trump poderá impor tarifas à Samsung (e outros)

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou hoje que poderá alargar a tarifa de 25% com que ameaçou Apple à sul-coreana Samsung e a outros fabricantes de telemóveis, caso não transfiram a sua produção para os EUA.

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© Samuel Corum/Sipa/Bloomberg via Getty Images

Lusa
23/05/2025 23:24 ‧ ontem por Lusa

Tech

Samsung

Trump avisou, na Sala Oval da Casa Branca, que as medidas entrarão em vigor no final de junho e incluirão "também a Samsung e todos os que fabricam esse produto; caso contrário, não seria justo".

 

Questionado por um jornalista sobre se a ameaça de aplicação de direitos aduaneiros que tinha feito horas antes visaria apenas a empresa tecnológica norte-americana Apple, o Presidente especificou que a sua intenção era alargar os impostos a todas as empresas tecnológicas que operam no mercado norte-americano.

"Se vão vender nos Estados Unidos, quero que fabriquem aqui", insistiu Trump, que confirmou que não haverá tarifas para as empresas que transferirem as suas fábricas para o país.

Sobre o aviso feito à Apple no início do dia, a partir da sua conta na rede social Truth Social, Trump disse que quando o CEO da empresa tecnológica, Tim Cook, lhe disse que iria levar a produção de iPhones para a Índia, lembrou-lhe que isso levaria a um aumento das taxas.

 "É bom ir para a Índia, mas eles não vão vender aqui (nos EUA) sem tarifas, e é assim que as coisas são", adiantou.

Desde que regressou ao poder, Trump adotou várias medidas tarifárias contra os seus parceiros comerciais, algumas das quais foram temporariamente suspensas.

"Há muito que informei Tim Cook que espero que os iPhones vendidos nos Estados Unidos sejam fabricados e montados nos Estados Unidos, não na Índia ou em qualquer outro lugar", escreveu hoje Trump na sua rede social Truth Social.

"Caso contrário, a Apple terá de pagar uma tarifa de pelo menos 25% aos EUA", acrescentou o Presidente no post.

A mensagem do nova-iorquino teve um efeito imediato no preço das ações da empresa sediada em Cupertino, Califórnia, que registou quedas persistentes de cerca de 3 por cento em Wall Street.

Ainda hoje, Donald Trump afirmou que as empresas da União Europeia (UE) deverão mudar-se para os Estados Unidos, tornando dispensáveis as tarifas alfandegárias de 50% com que horas antes ameaçou os 27 membros.

O bloco comunitário escapará às tarifas porque "o que fará é enviar as suas empresas para os Estados Unidos e construir as suas fábricas", disse Trump, cuja anterior ameaça causou indignação e preocupação na Europa.

Trump acrescentou que as negociações com a EU "não estão a dar frutos", com várias vozes de países europeus a pedirem um abrandamento da escalada de tarifas.

Entre essas vozes encontram-se o primeiro-ministro irlandês, Michéal Martin, que afirmou hoje que as tarifas norte-americanas de 50% sobre os produtos europeus irão "prejudicar seriamente" a relação comercial UE-EUA, lamentando as ameaças de Donald Trump.

A Irlanda alberga a maioria das sedes europeias de gigantes tecnológicos norte-americanos, como a Apple, a Google e a Meta, graças ao seu atrativo sistema fiscal.

Leia Também: Não será fácil comprar o próximo (e inovador) dobrável da Samsung

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