"Sporting até pode não ganhar, mas é favorito. Gyokeres é decisivo..."

 Um dos últimos jogadores do Sporting a erguer a Taça de Portugal em futebol após derrotar o Benfica numa final, Paulo Rocha, pretende voltar ao Jamor, 51 anos depois, para reviver o momento como adepto.

LISBON, PORTUGAL - MAY 17: Goal scorer Viktor Gyokeres of Sporting CP celebrates with supporters after winning the Liga Portugal Betclic during the Champions Trophy Celebrations Liga Portugal Betclic at the end of the match between Sporting CP and Vitoria

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Lusa
23/05/2025 09:11 ‧ há 3 semanas por Lusa

Desporto

Taça de Portugal

o que eu desejo. Tenho vontade de estar presente e festejar o meu clube. Em princípio, vou com os meus amigos daqui [de Portimão], que vamos para todo o lado com o Sporting", atirou o antigo médio, de 70 anos, em declarações à Lusa, para recordar o triunfo obtido em 09 de junho de 1974.

 

Menos de dois meses após a 'Revolução dos cravos', o Sporting venceu o Benfica, no Estádio Nacional, por 2-1, e conquistou, então, a nona Taça de Portugal das 17 que conta no seu historial.

Com apenas 19 anos, Paulo Rocha estava ainda a dar os primeiros passos na carreira sénior, que contou com passagens, mais tarde, por Sporting de Braga, Portimonense ou Desportivo de Chaves, e foi titular no meio-campo de "uma equipa a sério".

"Havia muito bons jogadores no Sporting naquela altura. Especialmente o Fraguito e o Wagner, eram jogadores extraordinários. Depois, tínhamos um ponta de lança extraordinário, Yazalde, diferente de todos os outros, um goleador. E um guarda-redes que, para mim, foi o melhor português, o Vítor Damas", recordou.

Mas o 'chirola', Yazalde, não alinhou nessa decisão e quem marcou o golo do empate, aos 89 minutos, que forçou o prolongamento, "foi o Chico Faria", que tinha entrado momentos antes para o lugar do próprio Paulo Rocha, que "não era o Maradona", mas "era um bom jogador".

"E o Marinho" fez, depois, o 2-1, que permitiu ao Sporting celebrar, pela última vez, a conquista de uma Taça de Portugal frente ao velho rival.

"Foi uma grande vitória do meu clube, o Sporting Clube de Portugal. Não foi só essa vitória na Taça, mas foi também o campeonato, com aquelas peripécias de, antes do 25 de Abril, estarmos em Magdeburgo [nas meias-finais da Taça dos Vencedores das Taças]. Juntámos o útil ao agradável, porque foi campeonato e Taça", exultou.

Depois disso, os dois clubes só voltaram encontrar-se na decisão, no Jamor, em duas ocasiões, tendo o Benfica saído vencedor em 1987 (2-1) e em 1996 (3-1).

Porém, de volta a 2025, Rocha acredita que os 'leões' têm, novamente, um conjunto de jogadores que pode fazer a diferença, contudo apontou ao óbvio, primeiro, sem esquecer o resto do grupo.

"Quem pode decidir é o ponta de lança, que é extraordinário, o Gyökeres. E também um jogador fabuloso que o Sporting tem, que é aquele rapazinho que marcou aquele golo extraordinário, o primeiro contra o Vitória de Guimarães, o Pedro Gonçalves. Extraordinário! Um jogador fino, de classe", elogiou.

Sempre sem esconder a paixão exacerbada pelo Sporting, que garante ser "o melhor clube do mundo" e 'exala' em todas as palavras, apontou outros potenciais desequilibradores na final.

"Depois tem o Trincão, que está em grande forma. E tem grandes jogadores, tem os miúdos, os 'Quendas', esses miúdos novos que jogam muito à bola. Rápidos, com muita classe. É esse o meu clube, o meu Sporting", vincou à Lusa.

Por isso, questionado se o conjunto de Alvalade é favorito para conquistar a final de domingo, não tem dúvidas: "Favorito, favorito, favorito! Até pode não ganhar, mas favorito é, sem dúvida nenhuma. Espero que também no domingo consigamos essa mesma vitória, fazer a dobradinha para festejarmos, novamente, como festejámos no sábado e muito bem".

Reformado, com 70 anos, Paulo Rocha divide atualmente os seus dias "entre Portimão e o sossego da bonita vila de Mértola", no Alentejo, onde também tem uma casa.

No seu incontestável sportinguismo, admite apenas "uma falhazinha", que é os seus "filhos e netos serem do FC Porto".

"Esses malandros deram cabo de mim. Foi numa altura em que o FC Porto começou também a ganhar muito. Porque, antes, raramente ganhava. Eles nasceram nessa altura e pronto... Porto, Porto, Porto! Mas o resto da minha família, mais antiga, era e continua a ser gente do Sporting", deixou claro, com boa disposição.

Por isso, seja no Algarve ou no Alentejo, o vermelho é a única cor que não entra em casa de Paulo Rocha.

"Não tenho nada vermelho em minha casa. Nada! Só tenho o sangue, infelizmente. Devia ser verde, o nosso sangue devia ser verde", desabafou.

Benfica e Sporting jogam a final da 85.ª edição da Taça de Portugal no domingo, às 17:15, no Estádio Nacional, em Oeiras.

Leia Também: Sporting procura repetir feito que não consegue desde 2001/02

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