As duas salas do Minho explicam hoje em comunicado que os festejos do 110.º aniversário do Theatro Circo e o 12.º do gnration são feitos de "forma articulada e em conjunto", "no ano em que a cidade é Capital Portuguesa da Cultura".
As festividades arrancam na sexta-feira, pelas 21h00, com a estreia absoluta de 'Hei-de reparar', no Theatro Circo, a mais recente criação de Raquel S., um "monólogo que se multiplica em vozes, memórias e corpos". Baseada em documentos, biografias, fotografias, memórias e rumores, como adianta a apresentação, a peça "constrói uma história falsa das atrizes em Portugal -- uma ficção que serve para pensar a realidade do teatro português, ontem e hoje".
Os Boogarins, "uma das maiores e mais importantes bandas rock do Brasil", estão de regresso a Braga, também na sexta-feira, para apresentar o novo álbum 'Bacuri', no gnration, "sete anos e dois álbuns depois" de terem subido ao mesmo palco, em 2018, para apresentarem o seu terceiro álbum, 'Lá Vem a Morte'.
No sábado, a programação inclui o regresso do formato DJ set para os mais novos, no Theatro Circo, às 10h30, com 'os pratos' ao comando de Cálculo, 'rapper' e produtor, que vai levar o público a "viajar pelo funk, hip hop, eletrónica, breakbeat, jungle ou soul".
Ainda para os mais novos, o gnration acolhe o 'workshop' 'Estação de Experimentação -- Hacking de Consolas de Vídeo' que "vai dissecar e alterar dispositivos eletrónicos" com o objetivo de "criar novos aparelhos sonoros e visuais".
Às 15h00 de sábado, no Pequeno Auditório do Theatro Circo, será feita a apresentação final de 'Três Tempos', uma coprodução do Theatro Circo, Culturgest e Teatro Viriato, na qual Capicua apresenta os seus processos de escrita e composição musical a joven, com os três mediadores que a acompanharam no projeto: Inês Malheiro, em Braga, Luís Montenegro, em Lisboa, e Gonçalo Alegre, em Viseu. O processo criativo incluiu encontros semanais e termina com este espetáculo.
A festa passa depois para a blackbox do gnration, com mais um "regresso de relevo", o do norte-americano Robert Aiki Aubrey Lowe, que levará o público a "explorar as potencialidades infindáveis da música espontânea".
Depois do concerto de sábado, Aubrey Lowe ficará uma semana em residência a trabalhar com o órgão de tubos da igreja de São Lázaro, em Braga, no âmbito do programa Pipe Poetics da Braga'25.
Às 18h00, na Sala Principal do Theatro Circo, sobe ao palco Lena D'Água para apresentar o seu mais recente disco, 'Tropical Glaciar', trabalho com composição e letra de Pedro da Silva Martins.
À noite, para encerrar as festividades, realiza-se a habitual "gnration open day", com uma série de concertos de entrada gratuita, como bandas como os Fogo Fogo, seguindo-se o jazz-punk dos portugueses Sereias.
A nova 'rapper' de Braga, Tricla, estará também naquele 'open day' e, diretamente da Síria, o músico e produtor Rizan Said segue com a festa na praça do gnration com o seu dabke -- um género de música tradicional do Médio Oriente -- traçado com música eletrónica, para comandar a pista de dança.
A música para a pista de dança continua com 'live act' de Zancudo Berraco e o coletivo Boca de Sino, numa cocuradoria com a DJ portuguesa Sheri Var, comandam o DJ set da noite.
A programação inclui o projeto "O CORDÃO -- Coro de Doentes e Amigos Oncológicos", uma apresentação em formato instalação criada a partir dos contributos das diferentes vozes, que pode ser vista no Salão Nobre, na sexta-feira, entre as 20h30 e as 22h00, e no sábado, entre as 10h30 e as 13h00 e as 14h00 e as 19h00.
As festividades incluem ainda duas novas exposições para descobrir nas galerias do gnration; Ana Vieira, com 'Cadernos de Montagem' e 'Still Moving Inside me', de Tatiana Macedo.
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