Nesta 13.ª edição dedicada ao tema "A História é uma Encruzilhada", os fins de tarde do festival são dedicados à apresentação de obras recentes, a começar no primeiro dia com o romance "Autobiografia Não Escrita de Marta Freud", de Teolinda Gersão, com a presença da própria escritora e do escritor e editor Manuel Alberto Valente.
No dia seguinte, é a vez de Francisco Mota Saraiva, com "Morramos ao Menos no Porto", vencedor da mais recente edição do Prémio José Saramago, e Fernando Pinto do Amaral, com o seu mais recente livro, "Contos Suicidas".
O festival recebe, no dia 15, Pedro Boucherie Mendes, com o seu livro "A Década Prodigiosa -- Crescer em Portugal nos Anos 80", e Carlos Ramos, editor sitiado em Peniche, com a antologia "Trago-te Estes Lilases da Noite", constituída por poesia de diferentes proveniências geográficas, cuja tradução é responsável.
Um dia depois, Amélia Muge traz "Um Gato é um Gato", associando o felino a um conjunto alargado de escritores, e a dupla Rogério Charraz e José Fialho Gouveia apresenta "Anónimos de Abril", obra que fixa a história de cidadãos comuns que enfrentaram e foram alvo da ditadura salazarista.
As noites do festival são preenchidas por conversas temáticas, com diferentes convidados, a começar no dia 14 com Pedro Prostes da Fonseca, Fernando Alvim e Manuel Frias Martins, no dia 15 com Clara Ferreira Alves, Afonso Cruz e Filipa Fonseca Silva, no dia 16 com Bruno Vieira Amaral, Patrícia Portela e Mário Rufino.
No primeiro do festival, a noite está, pelo contrário, reservada à apresentação do espetáculo Purga, um projeto independente dedicado à poesia do 'rapper' e poeta português Nerve (Tiago Gonçalves), que nesta sessão convida José Anjos, poeta e dinamizador de sessões de poesia.
Já no último dia à noite é a vez do espetáculo "Estilhaços", projeto que junta poesia e música, com mentoria de Adolfo Luxúria Canibal.
Durante o festival, podem ser visitadas as exposições "São cravos, senhor, são cravos", de Miguel Januário, e "(RE) Constituição", de páginas do livro homónimo, que rasura a Constituição de 1933, vigente durante a ditadura.
O programa integra ainda oficinas para professores e educadores, sessões para as escolas, entre as quais uma sobre os 200 anos do nascimento de Camilo Castelo Branco (dia 14), apresentação de livros infantojuvenis, espetáculos de música e de teatro e uma feira do livro.
Leia Também: Um conjunto de quatro livros de Shakespeare vão a leilão em Londres