Festival Cumplicidades celebra a dança e processos em palcos de Lisboa

O Cumplicidades - Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lisboa regressa à capital de 10 de maio a 02 de junho com mais de vinte propostas numa edição "de risco" para celebrar o lado oculto da criação, segundo a organização.

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Lusa
02/05/2025 15:33 ‧ ontem por Lusa

Cultura

Dança

Entre as duas dezenas de espetáculos estarão doze estreias, oito das quais absolutas, segundo a informação divulgada pela Eira, estrutura fundada em 1993 liderada pelo coreógrafo Francisco Camacho que lançou o festival em 2015, o seu "ano zero".

 

A dupla de coreógrafos Sofia Dias e Vítor Roriz foi convidada para a curadoria da programação de artistas residentes em Portugal, a par de espetáculos vindos de fora, propostos pela Eira para a edição deste ano, que também inclui laboratórios de criação, aulas, audioguias, performances no espaço público e conversas.

Segundo a dupla de curadores, esta edição do Cumplicidades apresenta "formatos que dão a ver as diferentes gradações da criação artística em Dança, onde o espetáculo é apenas uma das suas diferentes manifestações. Gradações poderia, aliás, ser o subtítulo desta edição", descrevem, citados no texto de apresentação, divulgado pela Eira.

Esta gradação acontece na abertura do festival com a apresentação de sete performances curtas, resultado de um laboratório de pesquisa que reúne sete artistas e cinco neurocientistas numa colaboração inédita entre o Cumplicidades, o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) e a Fundação Champalimaud, centrada nas obras de Ana Léon, Jeff Wall e Rui Moreira, em exposição naquele espaço museológico.

O público terá acesso à programação de dança e ao processo que lhe dá origem, noutros espaços tão diversos como o Pavilhão Branco, a Biblioteca de Marvila, o Teatro Taborda, a Rua das Gaivotas 6, o Centro de Interpretação de Monsanto, o Jardim da Estrela, o Teatro do Bairro Alto (TBA) e a Estação de Comboios do Rossio.

O programa contempla a estreia absoluta de "CatGut Jim", de Connor Scott, na Black Box do Centro Cultural de Belém (CCB), a estreia nacional de "Melodrama Senza Te", de Bruno Brandolino, no TBA, a performance "Mandíbula", da coreógrafa Josefa Pereira, e o espetáculo "Fuck me Blind", do coreógrafo italiano Matteo Sedda, na Black Box do CCB.

Nesta edição, a coprodução do Festival Cumplicidades -- que acontece de dois em dois anos - é também assumida pelo CCB, onde muitas das propostas artísticas acontecem, indicam.

"Dobrez", da espanhola Sabela Mendoza, terá lugar no Auditório da Biblioteca de Marvila, e "Rokatei", da dupla Park Keito, constituída por Kotomi Nishiwaki, do Japão, e por Miquel Casaponsa, de Espanha, na Rua das Gaivotas 6.

Juntam-se às escolhas da Eira neste Festival as apresentações do Laboratório Dança Sem Idade, Jornada 45+, no Teatro Taborda, com a participação de artistas com mais de 45 anos, entre os quais estarão Ana Caetano, Carla Sofia, Franscesca Bertozzi, Marina Quay, Marta Coutinho, Sara Paniágua e Tony Omolu, orientados por Francisco Camacho e Diego Lasio.

Como habitualmente, o certame dedicado à dança convida programadores estrangeiros para assistirem aos espetáculos, criando uma oportunidade de projeção internacional, este ano com nomes como Olga Zitluhina (Festival Laiks Dejot, Riga/Letónia), Flávia Tápias (Festival Dança em Trânsito, Rio de Janeiro/Brasil), Sabela Medonza (Mostra Internacional de Teatro de Ribadavia, Galiza/Espanha) e Momi Falchi (Fuorimargine, Cagliari/Itália).

Os coreógrafos Sofia Dias e Vítor Roriz assinalam, a propósito, que este festival cria "contextos que cruzam pessoas de diferentes áreas e incluem tanto aquelas que nunca viram dança, como as que a conhecem intimamente".

Para Francisco Camacho, o trabalho dos curadores do festival demonstra "uma vontade de intimidade com o público, que pode aventurar-se nos meandros de uma comunidade artística estimulante, cuja multiculturalidade se acentua com as participações oriundas de parcerias da Eira na zona do Mediterrâneo".

O diálogo do festival com as artes plásticas continuará em mais duas performances, uma de Inês Melo Campos, "Fazer Ideia", em relação a uma peça da artista visual Fernanda Fragateiro patente no CCB, e outra de Andresa Soares que decorre no Pavilhão Branco (Galerias Municipais de Lisboa), em confronto com uma exposição de Francisco Vidal.

O certame dedicado à dança contemporânea reservou ainda espaço para um evento de "imaginação de futuros" na Fundação Champalimaud: "O auditório, lugar de comunicação do que se faz de mais inovador na área da neurociência, será palco para artistas e cientistas partilharem com o público os seus projetos em 'Ideias para o Futuro' numa sequência de palestras/performances que oscilam entre o real e a ficção".

Na programação também estará presente o "Passaporte da Dança", iniciativa que decorre de 05 a 09 de maio e disponibiliza aulas de dança gratuitas em vários locais da Grande Lisboa, antecedendo o início do Festival Cumplicidades.

Leia Também: Teatro de Bragança vai fora de portas para chegar a "público mais reticente"

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