Francisco J. Marques recorreu às redes sociais, esta sexta-feira, para assinalar o 25 de Abril de 1974, salientando os principais feitos da era Pinto da Costa no FC Porto, ao longo das cinco décadas de democracia, de forma a 'atacar' André Villas-Boas, numa época em que as discussões dos títulos ficaram reservadas para... Sporting e Benfica.
"Já não está cá o melhor de todos nós e ninguém se lhe aproxima, mas se queremos voltar a ser relevantes temos de recuperar a exigência, temos de voltar a pôr o foco na única coisa que realmente conta, que é a vertente desportiva, temos de seguir o modelo que nos fez grandes", começou por escrever o antigo diretor de comunicação e informação dos dragões, na sua conta da rede social X (antigo Twitter).
"Em apenas um ano de gestão de André Villas-Boas voltamos ao antes do 25 de Abril, com Benfica e Sporting a disputaram todos os títulos do futebol nacional e o FC Porto remetido para o papel de figurante. Há 51 anos que não acontecia, a grande maioria dos portistas nem sequer eram vivos, mas não deixa de impressionar que tão depressa se tenha destruído o que tanto custou a construir", vincou de seguida.
Francisco J. Marques não ficou por aí e lamentou que existam adeptos a "denegrir" quem colocou o FC Porto "entre os gigantes", em referência a Pinto da Costa, que caiu da presidência ao fim de 42 anos, em abril do ano passado, acabando por morrer no passado dia 15 de fevereiro, aos 87 anos.
"Escolhemos o caminho de meia dúzia de lucky fans, selecionados por critérios ad-hoc, quando éramos todos, sem distinções, muitas vezes verdadeiros lucky fans. Este século, nas competições europeias, só Real Madrid, Sevilha, Barcelona, Chelsea e Bayern Munique fizeram mais do que nós. E quando devíamos estar todos a falar destas grandes proezas que o país tenta esconder preferimos entrar no jogo deles e entregar-lhes de mão beijada tudo. Preferimos andar a denegrir quem nos colocou entre os gigantes, ao mesmo tempo que escondemos as proezas e se prefere falar dos 18 pontos para o primeiro classificado na época passada, como se fosse habitual e como se este ano estivéssemos a fazer melhor (no campeonato exatamente igual, no resto muitíssimo pior)", atirou ainda.
"Pobres portistas que preferem lembrar as más campanhas, que até foram raras, em vez de destacar as grandes conquistas, que foram tantas. Tudo para defenderem um governo que nos está a pôr na lama e para não darem o braço a torcer. Isso é ser Porto? Não, não é. Peço muita desculpa, mas isso é continuar a contribuir para a desgraça. Mais uma vez, Jorge Nuno Pinto da Costa tinha razão: 'Quem mudar para quê? Querem deixar de ganhar?'", rematou Francisco J. Marques.
Porque amanhã é 25 de abril e o FC Porto é o clube que mais e melhor aproveitou a liberdade, transformando-se no único clube português com real relevância internacional, hoje proponho uma análise que, estou certo, até a alguns portistas irá surpreender, consequência da… pic.twitter.com/QR7KV2entR
— Francisco J. Marques (@FranciscoMarkes) April 24, 2025
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