Obrigado a dar uma resposta à derrota na Amadora, o FC Porto recuperou provisoriamente a última vaga do pódio da I Liga, esta sexta-feira, ao derrotar o Moreirense, por 3-1, num jogo em que foi preciso dar a volta ao rumo dos acontecimentos para transformar os assobios... em festa.

O clube de Guimarães até se colocou a vencer no Dragão, numa bela jogada coletiva finalizada por Yan Maranhão (31'), em resposta à bola de Rodrigo Mora ao poste. No entanto, Francisco Moura ainda foi a tempo de restabelecer a igualdade (41') antes do intervalo, num lance em que imperou a paciência.

Após a polémica noitada, Samu Aghehowa conseguiu (finalmente) afastar os 'fantasmas' e, já depois de um penálti convertido com sucesso (70'), acabou por chegar ao bis (79'), aproveitando um passe de Rodrigo Mora, 'enlouquecendo' o público presente no estádio da cidade Invicta.

Com este resultado, o FC Porto passa a somar 65 pontos no terceiro lugar, mais um do que o Sporting de Braga, que irá defrontar o Santa Clara este sábado, enquanto o Moreirense mantém-se no 10.º posto, com 36.

Vamos então às notas da partida:

Figura

Samu Aghehowa não rubricou uma exibição por aí além, mas cumpriu com o objetivo fulcral de uma partida de futebol: marcar golos. Após uma primeira parte algo cinzenta, o avançado espanhol - que recuperou a titularidade - teve a frieza necessária para carimbar a remontada, primeiro numa grande penalidade e, depois, no bis que tranquilizou a equipa de Martín Anselmi.

Surpresa

Rodrigo Mora já não é propriamente uma surpresa, mas parece que continua a surpreender... os adversários. Imprevisível nas movimentações junto à grande área contrário, o jovem de 17 anos começou por ser o autor da primeira grande ocasião de perigo e, mais tarde, ainda assistiu Samu para o 3-1 que fechou o encontro, mostrando que, mesmo em exibições menos brilhantes, consegue fazer a diferença.

Desilusão

Onde andou Godfried Frimpong? O defesa neerlandês é uma das principais 'armas' dos cónegos, mas esteve longe de corresponder às exigências no Dragão, não só pelas várias bolas perdidas, como pelo pouco ou nada que contribuiu para as dinâmicas ofensivas da sua equipa. Apesar da partida acinzentada, manteve-se em campo até ao apito final.

Treinadores

Martín Anselmi fez duas alterações em relação ao último onze (uma das quais 'forçada') e fez subir Stephen Eustáquio no terreno, sendo que as dificuldades de adaptação à construção de jogo por parte do novo trio defensivo foram algo evidentes. Sem grandes brilharetes, e já depois das mexidas, o treinador argentino viu a sua equipa chegar à remontada com relativa tranquilidade, apesar do susto inicial.

Gilberto Andrade rendeu Cristiano Bacci (ausente devido a uma pneumonia) e tentou manter a sua equipa a jogar sem medo do adversário, de tal forma que até se colocou a vencer na primeira oportunidade. No entanto, os cónegos não resistiram à vontade do FC Porto em dar a volta ao rumo dos acontecimentos e as substituições pouco ou nada ajudaram ao objetivo de conquistar pontos.

Árbitro

Gustavo Correia fez uma arbitragem globalmente segura e, apesar dos protestos do Moreirense no lance do penálti, parece ter decidido bem, sem outros casos de dúvida a registar. Seguro a apitar as faltas, o árbitro da AF Porto foi coerente na hora de puxar dos cartões do bolso.

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