A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou, esta terça-feira, que Bruxelas vai retaliar contra as tarifas impostas pelos EUA às importações de aço e alumínio. "Tarifas injustificadas sobre a União Europeia não ficarão sem resposta", pode ler-se num documento divulgado pelo executivo comunitário.
Von der Leyen adianta, no mesmo comunicado, que "lamenta profundamente a decisão dos EUA de impor tarifas sobre as exportações europeias de aço e de alumínio".
Já o comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, tinha referido que as tarifas são impostos, más para as empresas, piores para os consumidores".
As tarifas de 25% impostas às importações de alumínio e aço pelo novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vão entrar em vigor em 12 de março.
Durante o seu primeiro mandato (2017-2021), o líder norte-americano impôs tarifas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio, mas depois concedeu quotas isentas de impostos a vários parceiros comerciais, incluindo o Canadá, o México, a Austrália e o Brasil.
São abrangidas todas as importações de artigos de aço e derivados de aço provenientes da Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, países da União Europeia, Japão, México, Coreia do Sul e Reino Unido", indica um dos textos.
A outra ordem tem como alvo "todas as importações de alumínio e artigos derivados de alumínio da Argentina, Austrália, Canadá, México, países da União Europeia e Reino Unido".
O ministro da Indústria do Canadá, François-Philippe Champagne, garantiu que o país vai responder às tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos às importações de alumínio e aço, que descreveu como "totalmente injustificadas".
"Estamos a consultar os nossos parceiros internacionais enquanto trabalhamos nos detalhes. A nossa resposta será clara e calibrada", acrescentou Champagne, numa breve declaração publicada nas redes sociais na noite de segunda-feira.
Cerca de 58% de todo o alumínio que os EUA compram no estrangeiro provém do Canadá, que é também responsável por 23% de todas as importações norte-americanas de aço. No sentido contrário, 40% das importações de aço canadianas são provenientes dos EUA.
A Associação de Produtores de Aço do Canadá alertou que as tarifas vão significar a perda de centenas de empregos.
Também na segunda-feira, Trump garantiu que nas próximas quatro semanas vai realizar reuniões para analisar novas tarifas e deu como exemplos os veículos, os semicondutores e os produtos farmacêuticos.
No domingo, Trump tinha prometido que iria anunciar, "provavelmente terça ou quarta-feira", medidas alfandegárias recíprocas em relação a produtos que são taxados nos parceiros comerciais norte-americanos.
Durante o seu primeiro mandato (2017-2021), o líder norte-americano impôs tarifas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio, mas depois concedeu quotas isentas de impostos a vários parceiros comerciais, incluindo o Canadá, o México, a Austrália e o Brasil.
[Notícia atualizada às 09h30]