"A relação com o Fundo é muito boa. Já temos definido o caminho a seguir", assegurou o ministro da Economia, Luis Caputo, na terça-feira.
Em declarações à Rádio Rivadavia, disse que acredita que o acordo vai ser formalizado "no primeiro quadrimestre".
O novo entendimento inclui a entrada de "fundos frescos", sem quantificar.
Este dinheiro vai ser destinado, revelou, à compra de dívida que está no banco central.
A recapitalização do banco central é uma das condições para o levantamento das restrições cambiais que limitam a dinâmica económica do país.
Em março de 2022, o governo do peronista Alberto Fernández (2019-2023) assinou um acordo com o FMI para refinanciar empréstimos de 45 mil milhões de dólares, que o organismo tinha concedido durante o governo do conservador Mauricio Macri (2015-2019).
Este acordo, expirado no final de 2024, incluiu exames trimestrais sobre objetivos quanto a disciplina orçamental, acumulação de reservas monetárias e limites à emissão de moeda, que a Argentina cumpriu sempre.
A chegada de Javier Milei à Presidência, no final de 2023, implicou uma nova ronda negocial com o FMI, que reconheceu que o plano de ajuste do novo governo excedeu a disciplina orçamental que o Fundo pretendia.
A Argentina é o maior devedor do Fundo, com a dívida quantificada em 31,1 mil milhões de direitos de saque especiais, equivalentes a 40,430 mil milhões de dólares, 28% do total a reembolsar pelo FMI.
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