Christine Lagarde foi questionada, na conferência de imprensa após a reunião do BCE, sobre a afirmação, no comunicado, de que "a política monetária está a tornar-se significativamente menos restritiva, com as reduções das taxas de juro a tornarem a contração de novos empréstimos menos onerosa para as empresas e as famílias e o crescimento do crédito a recuperar".
A responsável assumiu que esta mudança na linguagem "tem significado", sendo que o que era dito antes era que a política "continuaria restritiva enquanto fosse necessário" e agora estão a dirigir-se para uma política que se está a tornar menos restritiva.
Tendo em conta o caminho que já foi feito, com uma redução de 150 pontos base nas taxas diretoras desde o início do ciclo de cortes, a política já se tornou significativamente menos restritiva e há "duas forças" a operar nas condições de financiamento: como no Cabo da Boa Esperança, ilustrou, com correntes de água quente e água fria.
Lagarde destacou ainda a incerteza "gigante" que enfrentam, evitando assim dar pistas quanto ao caminho futuro, reiterando que não se vão comprometer com decisões para já. "Nas circunstâncias que enfrentamos, algo mais não seria responsável", afirmou, sendo que "de um dia para o outro a situação muda dramaticamente e a previsão muda".
Entre os riscos para o crescimento económico, a presidente do BCE identifica a escalada em tensões comerciais, que baixaria o crescimento, bem como as tensões geopolíticas com a guerra na Ucrânia e os conflitos no Médio Oriente.
Leia Também: "Não é mútuo". Mais pormenores sobre Jennifer Garner e 'ex' Ben Affleck