Os índices de referência das bolsas de Xangai e Shenzhen subiram 0,42% e 1,23%, respetivamente, poucos minutos após o início das negociações.
Estas bolsas caíram 7,34% e 9,66%, respetivamente, na segunda-feira passada, na sequência das taxas impostas pelos Estados Unidos aos produtos chineses e das contramedidas anunciadas por Pequim.
Nos dias seguintes, os dois índices conseguiram recuperar parcialmente da queda, devido ao apoio aos mercados anunciado pelas instituições de investimento estatais chinesas e aos planos de recompra de ações lançados pelas grandes empresas chinesas, apesar dos novos aumentos tarifários recíprocos anunciados pelas duas maiores economias do mundo nos últimos dias.
O principal índice da Bolsa de Valores de Hong Kong, o Hang Seng, subiu cerca de 2,15%, na abertura das negociações de hoje, ultrapassando os 21.000 pontos.
O índice de Hong Kong caiu 13,2 %, devido aos receios de uma recessão mundial provocada pelas tensões comerciais entre Pequim e Washington, embora tenha registado alguns ganhos durante a semana passada.
Depois de ter abalado os mercados nos últimos dez dias, anunciando primeiro a aplicação generalizada de um grande volume de tarifas ao resto do mundo e, em seguida, recuando para redobrar a sua ofensiva contra Pequim, à medida que o custo do financiamento da dívida dos EUA continuava a aumentar, Washington decidiu isentar muitos produtos tecnológicos chineses.
Quando questionado sobre a decisão das Alfândegas e Proteção das Fronteiras (CBP) de excluir telemóveis, computadores, ecrãs e todo o tipo de componentes tecnológicos chineses da lista de mercadorias que estariam sujeitas a tarifas de 145%, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, limitou-se a dizer que forneceria mais informações na segunda-feira.
O porta-voz do Ministério do Comércio chinês disse no domingo, em comunicado, que Pequim está "atualmente a avaliar o impacto" do memorando que isenta alguns produtos tecnológicos chineses de "tarifas recíprocas".
A China instou Washington a "ouvir as vozes racionais da comunidade internacional" e a dar um "grande passo para corrigir os seus erros, cancelar completamente a prática errada das 'tarifas recíprocas' e regressar ao caminho certo do respeito mútuo e da resolução das diferenças através do diálogo igualitário".
A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo tem vindo a intensificar-se rapidamente, numa altura de grande volatilidade dos mercados e de crescentes apelos internacionais à contenção. A China insistiu que não quer uma guerra comercial, mas que "não tem medo de a enfrentar se necessário".
Leia Também: Hoje é notícia: Rival morto à martelada; 2 mil portugueses deportados