Praças financeiras chinesas em alta após isenção de produtos eletrónicos

As bolsas da China continental e de Hong Kong registaram hoje ganhos na abertura, após a notícia de que os Estados Unidos excluíram temporariamente os telemóveis, computadores, ecrãs e todo o tipo de componentes tecnológicos chineses de tarifas.

Notícia

© ShutterStock

Lusa
14/04/2025 05:09 ‧ há 2 dias por Lusa

Economia

Tarifas

Os índices de referência das bolsas de Xangai e Shenzhen subiram 0,42% e 1,23%, respetivamente, poucos minutos após o início das negociações.

 

Estas bolsas caíram 7,34% e 9,66%, respetivamente, na segunda-feira passada, na sequência das taxas impostas pelos Estados Unidos aos produtos chineses e das contramedidas anunciadas por Pequim.

Nos dias seguintes, os dois índices conseguiram recuperar parcialmente da queda, devido ao apoio aos mercados anunciado pelas instituições de investimento estatais chinesas e aos planos de recompra de ações lançados pelas grandes empresas chinesas, apesar dos novos aumentos tarifários recíprocos anunciados pelas duas maiores economias do mundo nos últimos dias.

O principal índice da Bolsa de Valores de Hong Kong, o Hang Seng, subiu cerca de 2,15%, na abertura das negociações de hoje, ultrapassando os 21.000 pontos.

O índice de Hong Kong caiu 13,2 %, devido aos receios de uma recessão mundial provocada pelas tensões comerciais entre Pequim e Washington, embora tenha registado alguns ganhos durante a semana passada.

Depois de ter abalado os mercados nos últimos dez dias, anunciando primeiro a aplicação generalizada de um grande volume de tarifas ao resto do mundo e, em seguida, recuando para redobrar a sua ofensiva contra Pequim, à medida que o custo do financiamento da dívida dos EUA continuava a aumentar, Washington decidiu isentar muitos produtos tecnológicos chineses.

Quando questionado sobre a decisão das Alfândegas e Proteção das Fronteiras (CBP) de excluir telemóveis, computadores, ecrãs e todo o tipo de componentes tecnológicos chineses da lista de mercadorias que estariam sujeitas a tarifas de 145%, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, limitou-se a dizer que forneceria mais informações na segunda-feira.

O porta-voz do Ministério do Comércio chinês disse no domingo, em comunicado, que Pequim está "atualmente a avaliar o impacto" do memorando que isenta alguns produtos tecnológicos chineses de "tarifas recíprocas".

A China instou Washington a "ouvir as vozes racionais da comunidade internacional" e a dar um "grande passo para corrigir os seus erros, cancelar completamente a prática errada das 'tarifas recíprocas' e regressar ao caminho certo do respeito mútuo e da resolução das diferenças através do diálogo igualitário".

A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo tem vindo a intensificar-se rapidamente, numa altura de grande volatilidade dos mercados e de crescentes apelos internacionais à contenção. A China insistiu que não quer uma guerra comercial, mas que "não tem medo de a enfrentar se necessário".

Leia Também: Hoje é notícia: Rival morto à martelada; 2 mil portugueses deportados

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas