A CGTP-IN considerou, esta segunda-feira, que a composição da Assembleia da República, em resultado das eleições legislativas de domingo, é "negativa", por ser "virada à direita", e não responde aos interesses dos trabalhadores.
"Apresentadas como um acto que servia para eleger um Primeiro-ministro e não 230 deputados, envoltas num contexto de várias instrumentalizações, de falta de resposta aos problemas concretos dos trabalhadores e de degradação das condições de vida no nosso país, as eleições determinaram uma composição da Assembleia da República virada à direita que é negativa e não responde aos interesses dos trabalhadores e do país, o que exige a mobilização e luta pelos salários e os direitos", pode ler-se numa nota enviada às redações.
Contudo, a central sindical sublinha que "os resultados revelam, mais uma vez, a recusa de um cenário de maioria absoluta", bem como "a AD como força mais votada e sobressai a votação nas forças mais reacionárias e de extrema-direita".
"Os problemas com que os trabalhadores, as suas famílias e a população em geral estão confrontados, os baixos salários e pensões, a precariedade, os bloqueios à contratação coletiva, a degradação do SNS e dos serviços públicos ou a dificuldade do acesso à habitação, fruto de décadas de política de direita, exigem uma resposta efetiva. Exigem-se medidas que respondam aos problemas e garantam uma maior coesão social e territorial. Impõem-se que os direitos consagrados na Constituição da República Portuguesa sejam defendidos, cumpridos e aplicados na vida dos trabalhadores e das populações, afirmando Abril", pode ler-se na mesma nota.
A CGTP considera que é "fundamental a intensificação da organização e mobilização dos trabalhadores na defesa dos seus interesses e direitos, pela melhoria das suas condições de vida, para a implementação de uma política que promova e garanta o aumento geral e significativo dos salários e a subida das pensões, o trabalho com direitos e o fim da precariedade, a redução do horário de trabalho e a sua regulação, o direito de contratação coletiva e da atividade sindical, mais e melhores serviços públicos".
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