Produção de energia duplicou em 30 anos, mas representa apenas um terço

A produção de energia em Portugal mais que duplicou desde 1990, impulsionada pela aposta nas renováveis, mas a dependência energética continua acima da média europeia e a energia produzida representa apenas um terço da consumida.

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Lusa
05/06/2025 00:03 ‧ há 2 dias por Lusa

Economia

Energia

Os dados são de 2023 e foram divulgados hoje pela Pordata -- a base de dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos -- a propósito do Dia Mundial do Ambiente, num retrato sobre várias dimensões ambientais em Portugal.

 

No que respeita à energia, o relatório refere que em 2023 o país produziu 7,3 milhões de TEP (Tonelada Equivalente de Petróleo) de energia, mais do dobro face a 1990, quando a produção nacional não foi além dos 3,3 milhões.

O aumento da produção energética -- num contexto europeu em que, no global, os países produzem hoje menos 25% de energia face a 1990 -- aconteceu sobretudo à boleia das energias renováveis, que representam 98% total da energia produzida, enquanto a energia fóssil representa apenas 2%.

Dos 7,3 milhões de TEP produzidos em 2023, 4,7 milhões foram exportados, uma opção que pode ser mais conveniente do ponto de vista económico em dias de grande produção, explica a Pordata.

Por outro lado, a energia produzida em Portugal em 2023 representa apenas um terço da consumida naquele ano, que rondou os 22 milhões de TEP -- quase o dobro em comparação com os níveis registados em 1990, mas, ainda assim, abaixo da média europeia de consumo 'per capita'.

Cerca de 35% da energia consumida em 2023 teve origem em fontes renováveis.

Para compensar a produção nacional, foi necessário importar 19,8 milhões de TEP de energia e Portugal continua com uma dependência energética superior à média da UE, registando 67%.

"Como estamos a produzir mais, apesar de termos de importar a quase totalidade do que consumimos, e fazemo-lo por questões de economia de mercado, a nossa dependência energética tem vindo a reduzir", refere o relatório da Pordata, que refere que no início do século a dependência energética rondava os 85%.

Os produtos mais importados são o petróleo e derivados, sobretudo ao Brasil, Espanha e Argélia, e no gás natural o principal país de origem é a Nigéria, seguido dos Estados Unidos.

A importação de carvão é, desde 2020, "muito residual".

Leia Também: Síria. Governo aceita dar à AIEA acesso a alegadas instalações nucleares

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