"Este é um projeto inovador de energia solar, um marco extraordinário na transição energética de Portugal: é a maior central fotovoltaica instalada em cobertura no país. Representa não apenas em avanço tecnológico, mas também um forte compromisso com a sustentabilidade e um futuro mais limpo e eficiente", destacou o CEO do grupo Fapricela, Pedro Teixeira.
Durante a cerimónia de inauguração, que decorreu esta tarde, Pedro Teixeira explicou que esta central tem cerca de 14 mil painéis solares, uma capacidade total de 6,3 MWp, tendo sido "cuidadosamente projetada para garantir a máxima eficiência na captação de energia solar".
"Para assegurar um fluxo energético estável e otimizado, contamos ainda com 34 inversores, que transformaram esta energia renovável em eletricidade utilizável", acrescentou.
De acordo com o CEO do Grupo Fapricela, este sistema é um contributo direto para a descarbonização do setor energético, reduzindo significativamente a dependência de combustíveis fósseis e, consequentemente, a emissão de gases de estufa.
"Estima-se que este sistema possa evitar a emissão de milhares de toneladas de CO2 ao longo da vida útil da instalação. Cada quilowatt produzido é um passo firme rumo ao futuro mais limpo, beneficiando as próximas gerações e reforçando a importância da inovação na luta contra as alterações climáticas", indicou.
No seu entender, para além dos benefícios ambientais, este projeto "prova a viabilidade económica de transição energética".
"A energia solar é hoje uma alternativa de compromisso capaz de gerar eletricidade a custos reduzidos, assegurando não só o impacto ecológico positivo, mas também sustentabilidade financeira. Este é um compromisso com um modelo energético muito verde e responsável, alinhado com o objetivo de neutralidade carbónica e uma sociedade mais sustentável", evidenciou.
Ao longo da sua intervenção, Pedro Teixeira aludiu ainda ao "valioso papel" desempenhado pela Helexia Portugal neste projeto, que foi "fundamental para o seu sucesso".
Já o diretor geral da Helexia Portugal, Luís Pinho, afirmou que este projeto contribui para evitar a emissão de 4 mil toneladas de C02 por ano.
"Se quisermos estabelecer um paralelo sobre a produção de energia, equivale a abastecer o consumo elétrico anual de cerca de 1.700 agregados familiares, ou cerca de 30% dos agregados familiares de Cantanhede, com mais de três elementos. Permite também o equivalente a carregar cerca de 100 mil carregamentos completos de veículos elétricos ou iluminar mais de 30 mil candeeiros LED de rua durante um ano", informou.
Para o responsável da multinacional especializada em soluções de transição energética, este projeto é prova de que a transição energética é possível, mesmo em contextos industriais exigentes.
A cerimónia contou ainda com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Pedro Cardoso, que destacou o papel da Fapricela, que assumiu "um compromisso com a sustentabilidade, a inovação e a responsabilidade ambiental".
Fundada em 1977, a Fapricela iniciou a sua atividade com a produção de pregos para a construção civil, mas ao longo das décadas diversificou a sua oferta, com a introdução de novos produtos como redes, arames a frio e cordão de aço, destinados a setores como a construção, a indústria e a mobilidade.
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