O gabinete de Netanyahu confirmou o encontro, adiantando que, a seguir, Hochstein foi também recebido pelo ministro da Defesa israelita, Israel Katz, numa reunião que incluiu também o chefe do Estado-Maior, Herzi Halevi, de que só foram apresentadas imagens.
O mediador norte-americano aterrou quarta-feira em Telavive depois de uma reunião de duas horas com o presidente do parlamento libanês, Nabih Berri, em Beirute, capital do Líbano, onde afirmou ter feito "progressos" sobre um projeto de acordo de paz entre Israel e o Líbano.
De acordo com Berri, uma figura em quem o Hezbollah confia para mediar, tudo o que resta é "discutir alguns pormenores técnicos e tomar uma decisão", uma vez terminada a visita de Hochstein a Israel.
Ao longo desta semana, o governo de Netanyahu mostrou-se disposto a assinar um acordo, embora tenha advertido que deve preservar "o direito do exército de atuar e proteger os cidadãos de Israel" se a milícia xiita Hezbollah violar o cessar-fogo.
As autoridades libanesas, por seu lado, manifestaram o seu desacordo em relação a dois pontos que consideram controversos e inaceitáveis.
O primeiro é o facto de Israel ter "liberdade de movimentos" no Líbano, caso seja ameaçado pelo Hezbollah nas zonas fronteiriças ou em violação da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que pôs fim à guerra de 2006 entre o Estado judaico e o movimento armado aliado do Irão.
O segundo ponto de discórdia é a criação de um mecanismo de controlo da Resolução 1701, que seria presidido pelos Estados Unidos, segundo o jornal Al Sharq al-Awsat.
Entretanto, o exército israelita continua a bombardear o sul do país e os subúrbios do sul de Beirute -- lançou hoje pelo menos quatro ofensivas -- alegando estar a atacar alvos do Hezbollah.
Ao mesmo tempo, a milícia libanesa prossegue também os ataques com 'drones' e foguetes contra comunidades do norte de Israel e algumas cidades mais afastadas da linha divisória, como Telavive.
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