Um acordo com o Líbano seria "um grande erro" e "uma oportunidade histórica perdida para erradicar o Hezbollah", afirmou Itamar Ben Gvir, aliado de extrema-direita do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na rede social X.
"Tal como o avisei em Gaza, aviso-o agora: primeiro-ministro, não é demasiado tarde para pôr fim a este acordo! Temos de continuar até alcançarmos a vitória absoluta", insistiu Ben Gvir.
Os comentários surgem num contexto em que os esforços diplomáticos foram recentemente intensificados para pôr termo à guerra entre Israel e o movimento libanês pró-iraniano, Hezbollah.
Durante uma visita ao Líbano e a Israel, o enviado especial dos Estados Unidos, Amos Hochstein, referiu "novos progressos" no sentido de um cessar-fogo.
Pelo menos 3.754 pessoas foram mortas e acima de 1,2 milhões de habitantes estão deslocados no Líbano desde outubro de 2023, a maioria das quais desde setembro deste ano quando o exército deu início a incursões terrestres no sul do país, segundo o ministério da Saúde libanês.
Israel calcula que cerca de 2.500 das vítimas mortais eram milicianos do grupo xiita.
A desestabilização na região foi desencadeada com um ataque do movimento islamita palestiniano Hamas ao sul de Israel, em 07 de outubro, que causou a morte de 1.200 pessoas e fez 250 reféns, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, Israel lançou a ofensiva contra a Faixa de Gaza, que até à data causou 44.200 mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, segundo as autoridades de Gaza controladas pelo Hamas desde 2007.
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