Segundo o meio digital SOTA, citado pela agência EFE, a medida surge na sequência de um pedido do regulador russo das comunicações, Roscomnadzor.
O regulador argumentou que o Sobesednik deixou de exercer as funções de meio de comunicação social depois de a sua página ter sido bloqueada, em março de 2023, por ordem da Procuradoria-Geral russa.
Roscomnadzor considerou ainda "ilegal" o uso de serviços VPN para contornar a proibição do jornal russo.
As últimas notícias na página do jornal datam de 10 de setembro.
O Sobesednik foi declarado "agente estrangeiro" a 13 de setembro e quatro dias depois anunciou o seu encerramento.
"Somos o semanário Sobesednik, o primeiro jornal a cores da União Soviética que foi posto à venda a 23 de fevereiro de 1984, e a última imprensa independente ainda na Rússia", disse então a jornalista Yelena Milchanovskaya.
A jornalista informou que tanto o semanário como outras publicações do mesmo grupo editorial deixariam de aparecer nas bancas "durante pelo menos dois a três meses".
Milchanovskaya anunciou ainda que a redação pretende recorrer da inclusão do jornal no registo de agentes estrangeiros.
No dia 21 de fevereiro, cinco dias após a morte de Navalny, o semanário incluiu na primeira página uma foto de grandes dimensões do opositor, sorridente e a acenar.
Nas páginas interiores, o jornal recolheu informações sobre a morte e as acusações da viúva, Yulia Navalnaya, contra o Presidente russo, Vladimir Putin, a quem culpou pela morte do marido.
Horas depois, as autoridades retiraram quase todos os exemplares do jornal das bancas da capital russa.
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