Ex-conselheiro de Trump garante ter perdido proteção de serviços secretos

John Bolton, ex-conselheiro de segurança nacional da Casa Branca durante o primeiro mandato de Donald Trump, com quem rompeu relações, revelou terça-feira que o republicano o tinha retirado da proteção do Serviço Secreto destinado a altos funcionários.

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© Jesus Hellin/Europa Press via Getty Images

Lusa
22/01/2025 07:09 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Estados Unidos

Considerado belicista, Bolton diz que é alvo de um plano de assassinato do Irão entre 2021 e 2022.

 

Teerão queria, alegadamente, vingar a morte do seu general Qassem Soleimani, morto a 03 de janeiro de 2020 num ataque com drones no Iraque ordenado pelo Presidente Donald Trump quando ocupou pela primeira vez a Casa Branca (2017-2021).

Bolton, de 76 anos, manifestou-se "desapontado, mas não surpreendido" com a decisão de Trump, recordando na rede social X (antigo Twitter) que a justiça, sob a administração de Joe Biden, indiciou em agosto de 2022 um iraniano foragido, suspeito de pertencer à Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, e de ter patrocinado um plano de assassinato por "tentar recrutar um assassino para o matar."

Desde setembro que o governo norte-americano oferece até 20 milhões de dólares por informações que levem à detenção do homem, Shahram Poursafi, também conhecido por Mehdi Rezayi.

De acordo com o republicano Bolton, o democrata Biden prolongou a sua medida de proteção dos Serviços Secretos em janeiro de 2021, mas Donald Trump retirou-a na segunda-feira e cortou todo o seu acesso a dados de segurança e de inteligência.

Um decreto presidencial acusa-o de ter revelado "informações confidenciais do seu tempo no governo" na Casa Branca, de 2018 a 2019.

"A ameaça mantém-se, como evidenciado pela recente detenção de alguém que tentou organizar o assassinato do Presidente Trump", alertou Bolton, referindo-se aos rumores de um ataque iraniano ao político republicano.

Em setembro, um paquistanês de 46 anos próximo do Irão, acusado de "terrorismo" por planear o assassinato de uma autoridade norte-americana, declarou-se inocente num tribunal federal. Asif Merchant é acusado de tentar recrutar assassinos contratados.

O procurador-geral de Joe Biden, Merrick Garland, afastou qualquer ligação à tentativa de assassinato contra Donald Trump num comício na Pensilvânia a 13 de julho.

No passado dia 14, o Presidente Massoud Pezeshkian voltou a negar os rumores que envolviam o Irão na NBC News.

Leia Também: Bispa pede a Trump que tenha misericórdia das pessoas LGBTQ+

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