Refugiados afegãos pedem aos Estados Unidos retoma do programa de ajuda

Os cidadãos afegãos que fugiram do Afeganistão apelaram esta quarta-feira ao Presidente norte-americano Donald Trump para serem isentados da ordem que suspende a receção de refugiados para os Estados Unidos.

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© Vlad Karkov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
22/01/2025 12:08 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Afeganistão

Muitos afegãos - refugiados de guerra que se encontram maioritariamente no Paquistão - disseram que arriscaram a vida para apoiar as tropas norte-americanas durante a guerra que se prolongou entre 2001 e 2021 no Afeganistão.

 

 Estima-se que 15 mil afegãos estejam à espera de serem transferidos para os Estados Unidos desde a tomada do poder pelos Talibãs em 2021, quando as tropas norte-americanas se retiraram do país.

Os afegãos pedem para serem instalados nos Estados Unidos ao abrigo de um programa do governo norte-americano criado para ajudar os cidadãos do Afeganistão em risco sob o regime talibã devido à proximidade com os norte-americanos, meios de comunicação social, agências de ajuda humanitária e grupos de direitos humanos.

 Donald Trump que tomou posse esta semana como 47º Presidente dos Estados Unidos anunciou que o Programa de Admissão de Refugiados seria suspenso a partir de 27 de janeiro durante pelo menos três meses.

A Casa Branca pretende apresentar posteriormente um relatório ao Presidente dos Estados Unidos sobre a eventual recuperação ou não do programa de ajuda.

"Muitos de nós arriscámos as nossas vidas para apoiar a missão dos Estados Unidos como intérpretes, defensores dos direitos humanos e aliados", afirmou o Grupo de Refugiados Afegãos numa carta aberta a Trump e aos membros do Congresso dos Estados Unidos.

"Os talibãs consideram-nos traidores e o regresso ao Afeganistão expõe os refugiados à prisão, à tortura ou à morte", declarou o grupo.

"No Paquistão, a situação é cada vez mais insustentável. As detenções arbitrárias, as deportações e a insegurança agravam a nossa angústia", afirmam no mesmo documento.

 Hadisa Bibi, uma ex-estudante em Cabul que fugiu para o Paquistão em dezembro de 2024, disse que leu nos jornais que Donald Trump suspendeu o programa para os refugiados.

 "Antes das restrições à educação das mulheres no Afeganistão, eu era uma estudante universitária", disse à Agência Associated Press.

"Dado os riscos que enfrento como defensora dos direitos das mulheres, esperava uma rápida instalação nos Estados Unidos. Isso permitir-me-ia não só continuar a minha formação superior, mas também um futuro seguro", disse.

 De acordo com a carta, as ligações aéreas para os Estados Unidos tinham sido marcadas para janeiro, fevereiro e março, depois de os refugiados afegãos terem sido entrevistados pela Organização Internacional para as Migrações e por funcionários da embaixada norte-americana no Paquistão.

 "Pedimos a revogação da proibição do programa de refugiados por razões humanitárias", afirmou Ahmad Shah, membro do grupo, que esperava deixar o Paquistão rumo aos Estados Unidos em no próximo mês de março.

Leia Também: Talibãs afirmam que cidadão chinês foi morto no nordeste do Afeganistão

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