A Rússia não deixou 'assentar' as ameaças deixadas pelo agora presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à guerra na Ucrânia.
Depois de o chefe de Estado norte-americano pedir a Moscovo que "acabe com esta guerra ridícula" e colocar em cima da mesa a hipótese serem aplicadas sanções.
"Se não chegarmos a um 'acordo', e em breve, não tenho outra alternativa senão aplicar elevados níveis de impostos, tarifas e sanções a tudo o que for vendido pela Rússia aos Estados Unidos e a vários outros países participantes", avisou Trump.
Numa primeira instância, o vice-embaixador da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Dmitry Polyanskiy, afirmou que "não se trata apenas de acabar a guerra".
"Trata-se, antes de mais, de abordar as causas profundas da crise ucraniana", afirmou.
O 'vice' na ONU adiantou ainda que era preciso "ver o que 'acordo' significava no entendimento do presidente Trump", e acrescentou: "Não é responsável pelo que os EUA têm estado a fazer na Ucrânia desde 2014, tornando-a 'anti-Rússia' e preparando a guerra connosco, mas está no seu poder agora parar esta política maliciosa".
Apesar da ameaça de tarifas contra a Rússia, o comércio entre os dois países já tinha sido severamente limitado desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Na sequência da invasão russa da Ucrânia, os Estados Unidos impuseram inúmeras sanções contra a Rússia, incluindo restrições ao setor petrolífero e aos principais bancos russos, com o objetivo de isolar Moscovo do sistema financeiro internacional baseado no dólar.
De acordo com os mais recentes dados disponibilizados pelas autoridades norte-americanas, o comércio de bens e serviços entre os Estados Unidos e a Rússia em 2022 atingiu um total estimado de 20 mil milhões de dólares (cerca de 19 mil milhões de euros).
Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu acabar com a guerra na Ucrânia em 24 horas, embora nunca tenha detalhado como o faria.
Leia Também: "Acabem com esta guerra ridícula". Trump ameaça Rússia com sanções