Alcançado acordo. Hamas libertará mais 3 reféns (incluindo Arbel Yehud)

Hamas entregará a refém Arbel Yehud, juntamente com outros dois reféns antes de sexta-feira e, na segunda-feira, as autoridades israelitas permitirão que os palestinianos regressem ao norte de Gaza.

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© AHMAD GHARABLI/AFP via Getty Images

Lusa
26/01/2025 23:35 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O Qatar anunciou hoje que foi alcançado um acordo para libertar uma refém civil israelita e permitir o regresso dos palestinianos ao norte de Gaza, aliviando a primeira grande crise do cessar-fogo entre Israel e Hamas.

 

Em comunicado, o Qatar - mediador do conflito - referiu que o Hamas entregará a refém Arbel Yehud, juntamente com outros dois reféns antes de sexta-feira e, na segunda-feira, as autoridades israelitas permitirão que os palestinianos regressem ao norte de Gaza.

O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse, num comunicado, que a libertação dos reféns terá lugar na quinta-feira e confirmou que os palestinianos podem deslocar-se para norte na segunda-feira.

Ao abrigo do acordo de cessar-fogo, Israel deveria começar no sábado a permitir que os palestinianos regressassem às suas casas no norte de Gaza.

Contudo, Israel impediu que tal acontecesse por causa de Yehud, que deveria ter sido libertado no sábado, e o Hamas acusou Israel de violar o acordo.

A libertação de Yehud e de outros dois reféns junta-se à já agendada para o próximo sábado, quando deverão ser libertados três reféns.

Além disso, o Hamas, em comunicado, disse que o grupo militante entregou uma lista de informações necessárias sobre todos os reféns a libertar na primeira fase do cessar-fogo, e o gabinete do primeiro-ministro israelita confirmou ter recebido.

Milhares de palestinianos reuniram-se, esperando para seguir para norte através do corredor Netzarim que atravessa o território, enquanto as autoridades locais de saúde disseram hoje que as forças israelitas dispararam sobre a multidão, matando duas pessoas e ferindo nove.

Entretanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu que a maior parte da população de Gaza fosse, pelo menos temporariamente, deslocada para outros locais, incluindo no Egito e na Jordânia, para "simplesmente limpar" o enclave devastado pela guerra.

O Egipto, a Jordânia e os palestinianos rejeitaram esta ideia.

Um alto funcionário do Hamas, Bassem Naim, referiu que os palestinianos nunca aceitariam tal proposta, "mesmo que aparentemente bem-intencionadas sob o pretexto de reconstrução".

Israel retirou-se de várias zonas de Gaza ao abrigo do cessar-fogo, e os militares alertaram as pessoas para se manterem afastadas das suas forças, que ainda operam numa zona tampão dentro de Gaza, ao longo da fronteira e no corredor Netzarim.

O Hamas libertou quatro mulheres soldados israelitas no sábado e Israel libertou cerca de 200 prisioneiros palestinianos.

Leia Também: Palestinianos prometem destruir ideia de Trump de os deslocalizar

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