O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lammy, criticou a "pretensão cínica de Lukashenko de democracia na Bielorrússia, quando, na realidade, reprime brutalmente a sociedade civil e as vozes da oposição para reforçar o seu controlo do poder".
As sanções incidem sobre seis altos funcionários públicos, incluindo o presidente da Comissão Eleitoral Central da Bielorrússia, Igor Karpenko, e a três empresas de defesa bielorrussas "que apoiam a guerra da Rússia na Ucrânia", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico num comunicado.
Os outros cinco indivíduos sancionados foram Viktor Dubrovka, Pavel Kazakov e Andrey Tsedrik, que são diretores de diferentes estabelecimentos prisionais, e também Andrei Ananenko e Mikhail Bedunkevich, chefe e número dois do departamento de combate à corrupção e crime organizado GUBOPiK.
As três empresas bielorrusas alvo deste pacote de sanções são a ALEVKURP OJSC, uma empresa especializada no fabrico de sistemas de radar e de controlo de armas, a Legmash Plant JSC, que produz munições, e a KB Unmanned Helicopters (UAVHeli), que desenvolve veículos aéreos não tripulados (UAV).
Estas sanções "visam dirigentes de instituições responsáveis por graves violações dos direitos humanos e empresas do sector da defesa bielorrusso que apoiam a guerra da Rússia na Ucrânia", refere-se no comunicado.
O Ministério cita a organização não-governamental bielorrussa no exílio o Centro de Direitos Humanos de Viasna, que estima estarem detidos mais de 1250 presos políticos na Bielorrússia, incluindo representantes da sociedade civil, defensores dos direitos humanos, jornalistas, opositores políticos, líderes religiosos e sindicalistas.
Muitos, acrescentou, sofrem com as condições de detenção, nomeadamente isolamento, maus tratos e falta de cuidados médicos.
Numa declaração paralela, o Governo britânico condenou, em conjunto com a Austrália, Canadá, União Europeia, Nova Zelândia, as "eleições presidenciais fictícias realizadas na Bielorrússia em 26 de janeiro e as violações dos direitos humanos perpetradas pelo regime bielorrusso".
"As sanções recentemente anunciadas representam um esforço coordenado e multilateral para responsabilizar o regime de Lukashenko", vincam.
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