"Após uma decisão do emir do comando central da Al-Qaeda, declaramos a dissolução da organização Guardiões da Religião (braço da Al-Qaeda na Síria)", divulgou a liderança do Hurras al-Din numa longa declaração.
A decisão foi justificada pelo apoio destes elementos da organização 'jihadista' na "eliminação da injustiça até que Deus permitisse que o povo muçulmano sunita triunfasse sobre um dos maiores e mais injustos tiranos da era moderna", numa referência Al-Assad.
Após a sua dissolução, o grupo instou os sunitas da região para não "deporem as armas e se prepararem" para a "próxima fase" numa terra "de grandes batalhas, um cemitério de tiranos e colonizadores", bem como um território de "muçulmanos na sua luta contra os judeus e contra aqueles que os seguem como inimigos da religião".
A Al Qaeda agradeceu ainda aos membros do Hurras al-Din pelos esforços que fizeram e pelas dificuldades que tiveram de ultrapassar ao longo do tempo.
E prometeu ainda que continuarão a ser soldados caso tenham de "responder a qualquer pedido de apoio em qualquer lugar em terras muçulmanas".
O Hurras al-Din é uma força afiliada da Al-Qaeda sediada na Síria, principalmente no noroeste do país, que surgiu em 2018 após a separação de várias fações da Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), grupo liderado por Ahmed al Sharaa, o atual líder de facto da Síria que liderou a ofensiva que derrubou Assad.
Nos últimos anos, os Estados Unidos realizaram ataques contra membros do Hurras al-Din, uma organização que partilhava aspirações de realizar ataques contra interesses ocidentais.
Além disso, a liderança desta organização foi sancionada por vários países, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia (UE).
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