Tribunal japonês confirma condenação de ex-diretor da Nissan Motor

O norte-americano Greg Kelly, ex-diretor da Nissan Motor, foi hoje novamente condenado no Japão por colaborar nas irregularidades financeiras cometidas pelo ex-presidente Carlos Ghosn, fugido da justiça japonesa.

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Lusa
04/02/2025 07:31 ‧ há 3 horas por Lusa

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Japão

O Supremo Tribunal de Tóquio manteve a decisão tomada em março de 2022 por um outro tribunal da capital, que foi objeto de recurso por parte do arguido, após ter recebido uma pena suspensa de seis meses de prisão.

 

Kelly, outrora braço direito de Ghosn, foi considerado culpado de conspirar com o antigo presidente da empresa para não declarar futuras remunerações acordadas entre a Nissan e o dirigente máximo da fabricante de automóveis.

A pena de prisão suspensa significava que Kelly não tinha de cumprir pena de prisão desde que não se envolvesse em qualquer atividade criminosa ao longo de três anos, e na prática permitiu-lhe regressar aos Estados Unidos.

Kelly alegou no recurso a absolvição de todas as acusações de que foi considerado culpado. A acusação pediu até dois anos de prisão para o executivo norte-americano, detido no Japão em novembro de 2018, na mesma altura da detenção de Ghosn.

O jurista norte-americano trabalhou na Nissan como diretor representante, uma das posições mais elevadas no topo da empresa, e acabou por ser o único executivo da Nissan a ser julgado depois de outros responsáveis japoneses terem chegado a acordos judiciais.

A sentença de 2022, hoje confirmada, foi a primeira no processo de 2018 contra Ghosn, que abalou a indústria automóvel, por tratar-se de um dos executivos mais respeitados entre os maiores fabricantes de automóveis do mundo.

Após a rocambolesca fuga de Ghosn para Beirute, no final de dezembro de 2019, a justiça japonesa decidiu separar os processos contra o chefe da Nissan e Kelly, uma vez que o antigo presidente da empresa não podia ser julgado à revelia.

Ghosn conseguiu fugir do Japão ao esconder-se numa caixa de instrumentos musicais e foi transportado num avião privado para o Líbano com escala na Turquia, apesar de estar impedido de sair do Japão nos termos da fiança.

O ex-presidente da aliança Nissan-Renault, com tripla nacionalidade (francesa, brasileira e libanesa), permanece no Líbano, país que não possui tratado de extradição com o Japão, e afirma que foi vítima de um complô orquestrado pela fabricante japonesa e pelo Governo nipónico.

Leia Também: Nissan vai ser reforçada com motores da JATCO

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