China pede aos EUA que assumam responsabilidade pela crise do fentanil

A embaixada da China no México apelou aos Estados Unidos que assumam responsabilidades pela crise do consumo de fentanil na sociedade norte-americana e deixem de culpar, caluniar e difamar outros países.

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Lusa
12/02/2025 06:18 ‧ há 2 horas por Lusa

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"Tomámos nota de que, recentemente, a embaixada dos EUA no México criticou na sua conta na [rede social] X o facto de os precursores do fentanil nos EUA serem provenientes da China, culpando assim outro país", afirmou o posto diplomático chinês, em comunicado.

 

"A China é um dos países com as políticas antidroga mais restritas e rigorosamente aplicadas no mundo", apontou a mesma fonte, acrescentando que "o problema do fentanil é um problema dos EUA".

A embaixada disse que, "num espírito humanitário, a China deu apoio aos Estados Unidos na sua luta contra o problema do fentanil" e, a pedido da parte norte-americana, anunciou em 2019 a classificação abrangente das drogas do grupo do fentanil como substâncias controladas, o primeiro país do mundo a fazê-lo oficialmente.

O lado chinês "desenvolveu uma ampla cooperação antidroga com os EUA e alcançou resultados notáveis, o que é óbvio para todos", frisou.

"A parte norte-americana deveria ver e tratar objetiva e racionalmente o seu próprio problema do fentanil, em vez de caluniar, difamar e culpar outros países", apontou.

No dia 06 de fevereiro, a embaixada dos EUA no México afirmou na X que "90% das mortes por opiáceos nos Estados Unidos se devem ao fentanil que vem através do México e do Canadá, e cujos precursores vêm da China".

Quase 100 mil norte-americanos morreram em 2024 devido ao consumo de fentanil.

Na semana passada, Trump anunciou que vai adiar por um mês uma taxa de 25% que tinha anunciado sobre todos os produtos provenientes do Canadá e do México, na sequência de um acordo com ambos os países para reforçar o controlo das fronteiras e travar o tráfico de fentanil e a chegada de imigrantes.

Trump, no entanto, impôs uma taxa adicional de 10% sobre bens oriundos da China, para além da taxa de 25% que já estava em vigor desde o seu primeiro mandato, o que levou Pequim a anunciar mais taxas em retaliação.

Leia Também: Taxas, "instrumento de choque"? Canadá e México em suspenso, UE na mira

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