O chefe de Estado francês falava numa entrevista aos jornais franceses um dia depois de uma altercação na Casa Branca, em Washington, onde Trump e o seu vice-presidente, JD Vance, acusaram o líder ucraniano de não estar grato pela ajuda norte-americana e de recusar conversações de paz.
"Penso que, para além da irritação, é necessário que todos regressem à calma, ao respeito e ao reconhecimento, para que possamos fazer progressos concretos, porque o que está em jogo é demasiado importante", afirmou o presidente francês numa entrevista concedida aos jornais La Tribune Dimanche, Le JDD, Le Parisien e Ouest-France.
O confronto levou o Presidente ucraniano a abandonar prematuramente a Casa Branca, sem assinar o acordo previsto sobre minerais, o que suscitou receios de um afastamento dos Estados Unidos da América na Ucrânia e de uma rutura com os seus aliados europeus.
De acordo com o Palácio do Eliseu, o presidente francês tem estado em conversações com cada um dos seus homólogos ucraniano e americano desde sexta-feira à noite, após a altercação entre os dois dirigentes na Casa Branca.
Também manteve conversações com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o presidente do Conselho Europeu António Costa e o secretário-geral da NATO, Mark Rute, para preparar a cimeira que reunirá cerca de 15 líderes europeus em Londres, no domingo, para reafirmar o apoio a Kyiv, bem como a cimeira extraordinária da UE sobre defesa, em 6 de março.
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