Inicialmente, tinham sido contabilizadas, tendo em conta apenas os óbitos registados no local do acidente ou a caminho do hospital, 479 vítimas mortais, o que significa que morreram mais 163 pessoas do que apontado inicialmente após o registo de mortos a 30 dias em consequência de acidentes rodoviários.
Segundo o Relatório Anual de 2023 da Sinistralidade a 30 dias, só hoje divulgado pela ANSR, em 2023 registaram-se 36.595 acidentes com vítimas, dos quais resultaram ainda 2.500 feridos graves e 42.873 ligeiros.
Os números são inferiores aos que tinham sido indicados anteriormente: 2.646 feridos graves e 42.890 ligeiros.
"Comparativamente a 2022, registaram-se acréscimos em todas as métricas: mais 2.319 acidentes com vítimas (+6,8%), mais 24 vítimas mortais (+3,9%), mais 198 feridos graves (8,6%) e mais 2.759 feridos leves (+6,9%)", lê-se no documento.
A ANSR ressalva que face a 2019, ano definido pela Comissão Europeia como referência "para efeitos da avaliação da evolução da sinistralidade rodoviária durante a presente década", se verificou uma redução, com menos 656 acidentes (-1,8%), menos 46 mortos (-6,7%) e menos 2.061 feridos ligeiros (-4,6%).
Em contraciclo, houve mais 117 feridos graves de 2019 para 2023 (+ 4,9%).
Em Portugal continental, o número (2.308) foi o mais elevado da última década.
"Efetivamente, os dados de 2023 mostram um retorno aos níveis pré-pandemia, mas com maior gravidade dos acidentes, refletida no aumento de feridos graves", reconhece a ANSR.
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