"É com grande pesar e profunda tristeza que a Força Aérea das Filipinas anuncia a morte dos dois pilotos a bordo" do caça FA-50, de fabrico sul-coreano, afirmaram as autoridades em comunicado.
O avião, que desapareceu durante uma "operação tática noturna", foi encontrado na província de Bukidnon, na parte central da ilha de Mindanau.
De acordo com fontes militares não identificadas e citadas pela ABS-CBN, o caça fazia parte de uma equipa enviada para prestar apoio aéreo às tropas que lutam contra os rebeldes comunistas do Novo Exército Popular (NPA, na sigla em inglês).
O avião perdeu o contacto com o resto da formação envolvida na missão minutos antes de chegar à zona alvo, por razões ainda desconhecidas.
As autoridades lançaram uma missão de busca, envolvendo pessoal militar e civil, que conseguiu identificar hoje o local do acidente, "apesar do denso nevoeiro e do terreno difícil".
A força aérea ordenou uma "investigação detalhada" para determinar as causas da queda do FA-50.
As Filipinas têm uma dúzia de FA-50 de fabrico sul-coreano, adquiridos há mais de uma década por 402 milhões de dólares (379 milhões de euros), para renovar a frota militar, num contexto de escalada das tensões territoriais no mar do Sul da China.
De acordo com um documento divulgado no mês passado pelo Departamento de Defesa Nacional das Filipinas, o país está a considerar a aquisição de mais 12 caças sul-coreanos.
O Partido Comunista das Filipinas (PCP) e o braço armado, o NPA, iniciaram uma luta armada contra o Estado filipino em dezembro de 1969 e, nas mais de quatro décadas e meia de atividade, o conflito custou pelo menos 30.000 vidas.
Apesar de o NPA ter chegado a contar com mais de 20 mil rebeldes durante a ditadura de Ferdinand Marcos, pai do atual presidente, segundo estimativas da Universidade das Filipinas, o exército calcula que atualmente apenas cerca de 1.800 combatentes comunistas ainda continuem a lutar no arquipélago.
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