Cerca de 500 cientistas apoiaram em Toulouse homólogos norte-americanos

Cerca de 500 pessoas, incluindo cientistas franceses e de outras nacionalidades, manifestaram-se hoje em Toulouse em apoio aos seus homólogos norte-americanos ameaçados de despedimentos, cortes orçamentais ou com programas congelados pelo Governo dos Estados Unidos liderado por Donald Trump.

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© Alain Pitton/NurPhoto via Getty Images

Lusa
08/03/2025 06:42 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

França

Cartazes onde se podia ler "Ciência, não silêncio" ou "Cientistas em pânico" foram erguidos pelos manifestantes que marcharam pelo centro da cidade universitária no sul de França, em solidariedade com o movimento "Defenda a Ciência", lançado por jovens cientistas norte-americanos.

 

Visivelmente devastada, Julia Gallo, uma cientista norte-americana que está em Toulouse para um pós-doutoramento em arqueologia, acredita que as políticas do Governo Trump vão "matar uma geração inteira de cientistas norte-americanos".

"Esta censura é terrível para a ciência americana do futuro", frisou.

"Trump e Musk não estão a atacar todas as ciências, estão a atacar em particular as ciências que são críticas, como as ciências sociais, as ciências ambientais, as ciências climáticas que procuram transformar o modelo económico", alertou Marc Odin, investigador em ciências da Terra, que também esteve entre os manifestantes.

"Não estão a atacar de forma alguma as ciências que fazem foguetões ou a IA", acrescentou em Toulouse, a capital europeia da aeronáutica e do espaço, que alberga as sedes da Airbus e da Météo France, entre outras.

Muitas administrações norte-americanas já sofreram cortes drásticos de pessoal por parte da Comissão de Eficiência Governamental (DOGE), liderada pelo bilionário Elon Musk.

É o caso, por exemplo, da agência norte-americana responsável pela previsão do tempo, análise climática e conservação dos oceanos (NOAA) ou dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças, que monitorizam, em particular, as epidemias.

A decisão da administração Trump de se retirar da Organização Mundial de Saúde (OMS) e não participar nas últimas reuniões de especialistas climáticos do IPCC já está a ter impacto na cooperação internacional, dizem os cientistas.

Leia Também: Trump suspende 400 milhões em subsídios à Universidade de Columbia

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