"Quinhentos e sessenta e oito civis alauitas foram mortos nas regiões costeiras da Síria e nas montanhas de Latakia pelas forças de segurança e grupos afiliados", de acordo com um novo relatório do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma organização não governamental que acompanha a violência no país, citado pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).
Esta violência é a primeira desta dimensão desde que uma coligação rebelde liderada pelo grupo radical islâmico sunita Hayat Tahrir al-Sham (HTS) tomou o poder na Síria, em 08 de dezembro.
Os ataques eclodiram na quinta-feira, após vários dias de tensão na região de Latakia, reduto da minoria muçulmana alauita, da qual o clã Assad é descendente.
O número de mortos na sequência da violência ascende assim a 760, incluindo 213 membros das forças de segurança e combatentes leais ao clã Assad, de acordo com o OSDH.
Esta ONG sediada no Reino Unido, que dispõe de uma vasta rede de fontes na Síria, aponta para "execuções numa base sectária ou regional" acompanhadas de "pilhagem de casas e propriedades".
Hoje, a França "condenou com a maior veemência possível as atrocidades cometidas contra civis numa base sectária e contra prisioneiro" na Síria e as igrejas locais também denunciaram "massacres de civis inocentes" e apelaram ao "fim imediato destes atos horríveis", de acordo com a AFP.
Leia Também: Número de civis mortos na Síria nos últimos três dias ultrapassa 560