Em 08 de março, o Departamento de Estado dos Estados Unidos "não renovou a isenção concedida ao Iraque para comprar eletricidade iraniana", disse a porta-voz, acrescentando que a decisão "garante que o Irão não receba nenhum grau de alívio económico ou financeiro".
"Apelamos ao Governo iraquiano para acabar com a sua dependência das fontes de energia iranianas o mais rapidamente possível e saudamos o compromisso do primeiro-ministro em alcançar a independência energética" para o Iraque, acrescentou a embaixada dos Estados Unidos.
A "campanha de pressão máxima" do Presidente dos EUA, Donald Trump, "tem como objetivo acabar com a ameaça nuclear do Irão, limitar o seu programa de mísseis balísticos e impedir que apoie grupos terroristas".
Desde 2018, Bagdade tem beneficiado de isenções de Washington para comprar eletricidade e gás ao vizinho Irão, apesar das sanções restabelecidas contra Teerão pela primeira administração de Donald Trump.
As importações de gás e eletricidade do Irão representam um terço das necessidades energéticas do Iraque, país com vasta riqueza petrolífera, mas devastado por décadas de conflito e propenso a cortes de energia diários.
Devido ao seu consumo interno, Teerão também suspende regularmente o fornecimento de gás ao Iraque, o que provoca ainda mais cortes de eletricidade no país de 46 milhões de habitantes.
Hoje, a embaixada dos EUA declarou que as importações de eletricidade do Irão em 2023 representavam "apenas 4% do consumo de eletricidade do Iraque" e, por conseguinte, não contribuíam "substancialmente" para o fornecimento de eletricidade à população iraquiana.
Os Estados Unidos não se pronunciaram sobre o que acontecerá às importações de gás iraniano pelo Iraque. No verão de 2023, o primeiro-ministro iraquiano anunciou que o seu país pagaria estas importações, fornecendo petróleo a Teerão.
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