Já são mais de mil os mortos nos confrontos dos últimos 3 dias na Síria

O número de mortos nos conflitos registados nas províncias costeiras da Síria nos últimos três dias já ultrapassou um milhar, a larga maioria dos quais civis, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Notícia

© Oguz Yeter/Anadolu via Getty Images

Lusa
08/03/2025 22:48 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Síria

"Até à tarde de hoje, o número de mortos chegou a 1.018", refere aquela Organização Não Governamental (ONG) num comunicado citado pela agência EFE, no qual indica também que "745 civis foram assassinados a sangue frio em massacres sectários" nas províncias ocidentais da Síria de maioria alauita, o ramo do Islão xiita professado pela família do ex-presidente Bashar al-Assad.

 

Segundo aquela ONG, com sede no Reino Unido e uma ampla rede de colaboradores locais, "o número de vítimas aumentou rapidamente desde a entrada de grupos armados para apoiar as forças de segurança e as unidades do Ministério da Defesa" das novas autoridades de Damasco.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos registou um total de "29 massacres" nos últimos dias de confrontos entre tropas do novo regime de Damasco e insurgentes leais ao ex-Presidente Bashar al-Assad, que qualificou de "a maior vingança coletiva" por parte das tropas ligadas às novas autoridades do país desde a queda de al-Assad, em 08 de dezembro do ano passado.

Perante esta situação, a ONG apelou à comunidade internacional para que tome "medidas urgentes e envie equipas especializadas de investigação internacional para documentar as graves violações que afetam civis".

Além disso, exortou as autoridades de Damasco a que "responsabilizem" as tropas envolvidas nestas ações, considerando que "a impunidade incentiva a repetição de crimes no futuro, algo que ameaça a estabilidade política e social na Síria após a queda de al-Assad".

O novo Governo sírio não reconheceu explicitamente os acontecimentos, mas comprometeu-se a tomar medidas legais e responsabilizar qualquer pessoa que tenha cometido "excessos" ou "atos de vingança" contra civis durante as operações militares destinadas a reprimir os focos de insurgência dos grupos 'pró-Assad".

Os confrontos eclodiram na quinta-feira, depois de os insurgentes alauitas terem lançado um ataque às forças de segurança na cidade de Jableh, em Latakia, desencadeando a maior onda de violência na Síria desde a queda de Bashar al-Assad.

As novas forças sírias são compostas em grande parte por ex-combatentes da agora extinta aliança islâmica Hayat Tahrir al-Sham (HTS), o grupo que liderou a ofensiva contra Assad e cujas raízes estão na Frente Nusra, uma antiga afiliada da Al-Qaeda na Síria.

Leia Também: Síria. Autoridades tentam "restaurar a ordem" após 568 mortos em 3 dias

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas