"A ocupação (israelita) continua a renegar o acordo e recusa-se a iniciar a segunda fase, revelando intenções de evasão e de bloqueio", declarou o movimento Hamas em comunicado.
Por outro lado, o Hamas acusou Israel de ter cortado o abastecimento de eletricidade a Gaza.
Antes das conversações, a única linha de eletricidade para Gaza, que abastece a principal central de dessalinização de água do território, foi cortada por Israel.
O Hamas, que detém o poder em Gaza desde 2007, denunciou o facto como uma chantagem "mesquinha e inaceitável".
O porta-voz do Hamas Abdoul Latif Al-Qanoua disse que a decisão sobre o corte de energia constitui uma ameaça para os reféns israelitas cativos no enclave palestiniano.
Entretanto, a Alemanha apelou a Israel, que bloqueia a entrada de ajuda humanitária em Gaza desde 02 de março, para que levante de imediato as restrições à entrega de todas as formas de ajuda humanitária vitais para os 2,4 milhões de habitantes de Gaza.
A delegação israelita que já se encontra no Qatar é chefiada pelo coordenador para os assuntos dos reféns, Gal Hirsch, bem como por funcionários do serviço de segurança interna e pelo conselheiro do primeiro-ministro Ofir Falk.
Trata-se do mesmo grupo que participou nas negociações de fevereiro, segundo fontes diplomáticas em declarações à Agência France Presse.
Na primeira fase do cessar-fogo, que terminou no dia 01 de março após 42 dias, foram libertados 33 reféns (oito dos quais mortos) em troca de quase 1.800 prisioneiros palestinianos.
Na Faixa de Gaza, restam 59 reféns, dos quais o Exército de Israel estima que 35 estão mortos.
O Hamas atacou Israel a 07 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e capturando 251 pessoas.
Israel respondeu com o bombardeamento e invasão da Faixa de Gaza, matando mais de 48.400 pessoas e destruindo a maior parte do enclave palestiniano.
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