Entre os 25 partidos estão o Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI), de Tidjane Thiam, o Movimento das Gerações Capazes (MGC), da antiga primeira-dama Simone Ehivet Gbagbo, a Frente Popular da Costa do Marfim (FPI), de Pascal Affi N'Guessan, e o Cojep, de Charles Blé Goudé, que criaram a Coligação para a Alternância Pacífica na Costa do Marfim (CAP-CI).
"Estamos determinados a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que a paz reine na Costa do Marfim, que tenhamos eleições inclusivas em que todos os que desejem candidatar-se o possam fazer e que os costa-marfinenses possam finalmente decidir livremente quem os deve liderar", declarou Thiam, que foi nomeado coordenador da coligação.
"Unidos seremos mais fortes! Preparem-se para agirmos em conjunto", declarou Ehivet Gbagbo, porta-voz da coligação.
A CAP-CI apela, nomeadamente, às autoridades para que organizem um diálogo político antes das eleições presidenciais de 25 de outubro, com vista a reformar a comissão eleitoral independente, que consideram demasiado dependente do Governo, e a rever os cadernos eleitorais.
No entanto, a questão de uma eventual candidatura única da oposição na primeira volta das eleições presidenciais não foi levantada.
"Ainda não chegámos a esse ponto", declarou hoje Charles Blé Goudé à imprensa local.
O Partido Popular Africano - Costa do Marfim (PPA-CI), do antigo Presidente Laurent Gbagbo, não esteve presente e ainda não aderiu à coligação.
Candidato declarado às presidenciais, embora atualmente inelegível devido a uma condenação penal, Laurent Gbagbo lançou o seu próprio apelo à unidade da oposição em julho.
A Costa do Marfim teve várias crises eleitorais, como a de 2010-2011, que causou a morte de cerca de 3.000 pessoas.
Em 2020, pelo menos 85 pessoas foram mortas em atos de violência à margem das eleições presidenciais, que resultaram na reeleição de Alassane Ouattara para um terceiro mandato.
Ouattara, de 83 anos, no poder desde 2011, ainda não disse se tenciona candidatar-se a um quarto mandato, mas em janeiro afirmou estar "desejoso de continuar a servir o país".
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