Confrontos entre polícia e manifestantes pelas reformas na Argentina

A polícia e manifestantes em Buenos Aires envolveram-se hoje em confrontos violentos no protesto em defesa das reformas em frente ao edifício do parlamento, uma manifestação amplificada pela presença de muitos adeptos de futebol em apoio dos reformados.

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Lusa
12/03/2025 21:47 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Argentina

A situação agravou-se a meio da tarde, após um longo e tenso impasse e confrontos iniciais.

 

Os manifestantes atiraram pedras à polícia, que utilizou balas de borracha, canhões de água e gás lacrimogéneo. Pelo menos duas pessoas foram detidas, noticiou a agência France-Presse (AFP).

A polícia e outras forças federais foram mobilizadas em vários pontos em redor da sede do Congresso (Parlamento), no centro de Buenos Aires, disparando gás lacrimogéneo, balas de borracha e canhões de água de camiões contra os manifestantes, incluindo idosos, mulheres e jovens, noticiou também a agência Efe.

A mobilização foi convocada para demonstrar apoio aos pensionistas que protestam todas as quartas-feiras em frente ao Congresso para exigir uma atualização das suas pensões, o restabelecimento da cobertura dos medicamentos prescritos e a continuação da moratória das pensões, que termina no final de março.

O Ministério da Segurança Nacional emitiu alertas já na terça-feira de que impediria os manifestantes de bloquear ruas ou de se envolverem em atos violentos.

Após o início da repressão, os pensionistas que habitualmente se manifestam deslocaram-se para um dos lados do edifício do Congresso.

Entretanto, os polícias avançaram, a pé e de mota, sobre outros grupos de manifestantes, sobretudo sindicalistas e adeptos de futebol, para os obrigar a recuar e a afastar-se da sede parlamentar.

Nesta manobra para encurralar os manifestantes, alguns manifestantes responderam atirando garrafas e pedras aos polícias.

Ainda não há números oficiais sobre o número de feridos ou de detenções.

Nos últimos dias, multiplicaram-se os apelos nas redes sociais entre os adeptos dos grandes clubes de futebol do país, incluindo River Plate, Boca Juniors, Racing e Independiente, para se juntarem aos reformados. Tanto para defender as suas reivindicações como para protestar contra a dureza da polícia nas quartas-feiras anteriores.

Conflitos relativamente breves causaram alguns feridos ligeiros e levaram a detenções durante manifestações anteriores, nas quais a polícia utilizou gás lacrimogéneo.

Desde meados de 2024, a pensão mínima é indexada mensalmente à inflação, em vez de uma revisão periódica anterior. Em março, este mínimo, que mais de metade dos pensionistas recebe, subiu para quase 350 mil pesos (328 dólares).

Mas, acima de tudo, os pensionistas sofreram durante os primeiros seis meses da presidência do ultraliberal Javier Milei, quando os pagamentos das pensões em atraso foram congelados, apesar de uma desvalorização de 52% até ao final de 2023, e com um aumento paralelo do preço dos medicamentos.

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