Martin expressou a sua discordância e contrapôs as contribuições da Irlanda para os EUA.
Esta foi a primeira reunião de Trump na Sala Oval com um líder estrangeiro depois da que teve com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, que acabou aos gritos e com um pedido a Zelensky para sair da Casa Branca.
Martin, que apenas expressou algumas discordâncias de forma gentil aos comentários de Trump, regressou à Casa Branca à noite e presenteou Trump com uma tigela com trevos, no início da celebração do St. Patrick's Day.
Trump tem estado em conflito simultâneo com aliados e adversários dos EUA por questões comerciais, por exemplo aplicando taxas alfandegárias a importações provenientes de Estados que vão do Canadá à China.
Trade is a two way street. Ireland is investing a lot in the US.
— Micheál Martin (@MichealMartinTD) March 12, 2025
🇮🇪 & 🇺🇸 have a very good relationship - it’s a historic relationship that will continue to develop & endure into the future. pic.twitter.com/eGDGKU0tWU
Enquanto esteve ao lado de Martin, Trump voltou a dizer que a União Europeia (UE) tinha sido criada para prejudicar os EUA.
Questionado se a Irlanda, um membro da UE, também se estava a aproveitar, Trump respondeu: "Claro que está. Tenho um grande respeito pela Irlanda e pelo que fizeram, e fizeram o que deveriam ter feito, mas os EUA não deveriam ter deixado isso acontecer". Referia-se à concentração de empresas farmacêuticas norte-americanas na Irlanda, devido à sua política fiscal.
"Tivemos líderes estúpidos. Tivemos líderes que não tinham a mais pequena ideia ou digamos que não eram empresários, mas que não tinham ideias sobre o que estava a acontecer, e de repente a Irlanda ficou com as nossas empresas farmacêuticas", disse Trump.
Martin contrapôs que a relação comercial é "uma via com dois sentidos", acrescentando que as duas maiores transportadoras aéreas irlandesas compram mais aviões à Boeing, do que qualquer outra fora dos EUA.
Acrescentou ainda que mais de 700 empresas irlandesas estão baseadas nos EUA, criando milhares de empregos. "É um facto pouco conhecido", salientou.
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