Vinte pessoas condenadas à morte por assassinarem estudante no Bangladesh

A justiça do Bangladesh confirmou hoje a condenação à morte de 20 pessoas e a prisão perpétua de outras cinco pelo assassínio, em 2019, de um estudante que tinha criticado o Governo de então nas redes sociais.

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© Getty Images

Lusa
16/03/2025 10:09 ‧ há 8 horas por Lusa

Mundo

Bangladesh

O Supremo Tribunal em Daca confirmou todas as sentenças proferidas em primeira instância em 2021, afirmou aos jornalistas o procurador Md Asaduzzaman.

 

O corpo de Abrar Fadak, de 21 anos, foi encontrado no seu dormitório na Universidade de Engenharia e Tecnologia do Bangladesh, em Daca, em outubro de 2019.

Horas antes da sua morte, o estudante tinha publicado, na rede social Facebook, críticas à então primeira-ministra, Sheikh Hasina, na sequência de um acordo assinado com a Índia sobre águas territoriais.

A publicação rapidamente se tornou viral.

Abrar Fadak foi espancado até à morte por 25 dos seus colegas, todos membros da Bangladesh Chhatra League, o núcleo universitário do partido no poder na altura, a Awami League.

Na altura dos factos, os jovens condenados à morte tinham entre 20 e 22 anos.

À imprensa, um dos advogados dos jovens, Syed Mizanur Rahman, afirmou que iria recorrer da decisão.

Já o pai da vítima, Barkat Ullah, disse estar satisfeito com a decisão.

"O processo terminará em breve e justiça será feita", declarou.

O assassínio do estudante chocou o Bangladesh, refletindo a cultura de violência existente nas universidades públicas.

Na altura, a presidente Hasina prometeu que os homicidas receberiam "o castigo mais elevado".

No poder desde 2009, Sheikh Hasina foi destituída no verão passado depois de várias semanas de motins violentamente reprimidos.

Atualmente exilada na Índia, a antiga chefe de Governo está a ser processada pelo Bangladesh por crimes contra a humanidade.

Desde a sua queda, o país tem sido dirigido por um governo provisório liderado pelo Prémio Nobel da Paz, Muhammad Yunus.

As execuções por enforcamento são frequentes no Bangladesh, onde centenas de pessoas aguardam nos corredores da morte.

Leia Também: Guterres no Bangladesh para dar visibilidade ao drama dos rohingya

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