Os 50 migrantes, entre os quais 20 mulheres e 12 crianças, encontravam-se "em perigo, em condições climatéricas extremas", quando o veículo que os transportava avariou na sexta-feira, informou o exército no seu último relatório de operações.
Segundo indicou, foi um destacamento da Brigada de Intervenção Rápida do exército que lhes "prestou socorro" na zona de Djado, no Níger, a cerca de 200 quilómetros da fronteira com a Líbia.
Os migrantes receberam "cuidados de emergência" após terem sido transportados para o "poço da esperança", uma fonte de água rara nesta região onde os viajantes e milhares de migrantes param frequentemente durante a perigosa travessia do deserto.
O exército não especificou as nacionalidades das 50 pessoas, que se dirigiam para a Líbia.
Em 2024, mais de 31.000 migrantes foram expulsos da Argélia para o vizinho Níger, segundo a organização não governamental (ONG) nigeriana Alarme Phone Sahara (APS), que diz tratar-se de um número recorde.
No passado mês de janeiro, 770 migrantes nigerinos, incluindo cerca de 60 crianças, foram expulsos da Líbia, segundo o exército.
Os migrantes foram acompanhados do lado nigerino por uma escolta militar e o seu acolhimento foi coordenado pelo exército e pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Em novembro de 2023, o novo regime militar do Níger, que chegou ao poder através de um golpe de Estado alguns meses antes, revogou uma lei de 2015 que criminalizava o tráfico de migrantes.
Desde então, "muitas pessoas circulam livremente" nas "rotas" migratórias "sem medo das represálias" que costumavam enfrentar, segundo a APS.
A ONG denuncia regularmente o tratamento "violento" e mesmo "fatal" dos migrantes da África Ocidental durante as operações de repulsão levadas a cabo pela Argélia e pela Líbia em direção ao Níger.
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