"Os americanos serão agora alvo de uma proibição de navegação enquanto continuarem a sua agressão", declarou Abdel Malek al-Houthi num discurso transmitido pela televisão. "A nossa decisão só dizia respeito ao inimigo israelita, mas agora os Estados Unidos também estão incluídos", acrescentou.
As Nações Unidas apelaram hoje aos Estados Unidos e aos rebeldes Huthis no Iémen para cessarem os seus ataques, após uma escalada militar que "corre o risco de exacerbar as tensões regionais" entre Washington e este movimento apoiado pelo Irão, disse o porta-voz do secretário-geral António Guterres.
Hoje, os Huthis reivindicaram a autoria de um ataque contra um porta-aviões norte-americano no Mar Vermelho, em represália pelos ataques realizados na véspera pelos Estados Unidos, que Washington disse terem matado vários líderes rebeldes iemenitas.
"Apelamos à máxima contenção e à cessação de todas as atividades militares", declarou Stéphane Dujarric, porta-voz de António Guterres, em comunicado.
"Qualquer nova escalada poderia exacerbar as tensões regionais, alimentar ciclos de retaliação que poderiam desestabilizar ainda mais o Iémen e a região e colocar sérios riscos à já terrível situação humanitária no país", acrescentou.
Hoje, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Mike Waltz, disse que os ataques tinham matado vários líderes Houthi importantes e avisou o Irão de que "já chega".
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