Chefe de informações de Israel acusa Netanyahu de exigir lealdade ilegítima

O chefe do Shin Bet, o Serviço Nacional de Informações de Israel, Ronen Bar, reagiu hoje ao anúncio da sua demissão pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, acusando-o de o obrigar a uma "expectativa ilegítima de lealdade".

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© GIL COHEN-MAGEN/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
16/03/2025 20:51 ‧ há 11 horas por Lusa

Mundo

Ronen Bar

"O dever de lealdade do Shin Bet é, antes de mais, para com os cidadãos israelitas. A expectativa do primeiro-ministro de um dever pessoal de lealdade, cujo propósito contradiz o interesse público, é uma expectativa fundamentalmente ilegítima", disse Bar numa declaração divulgada pelos meios de comunicação social israelitas.

 

Horas antes, Netanyahu anunciou que iria pedir a demissão de Bar numa votação no Conselho de Ministros na próxima quarta-feira, depois de declarar a "perda de confiança" no chefe dos serviços de segurança.

A decisão acontece quando as autoridades israelitas estão a investigar se centenas de milhares de dólares foram desviados do Qatar para os conselheiros do primeiro-ministro nos últimos meses.

De acordo com os 'media' israelitas, essas quantias foram transferidas para os conselheiros através de vários intermediários e estão ligadas, entre outros, a Jonatan Urich, um conselheiro sénior de Netanyahu que serviu como porta-voz do partido Likud.

Bar também tem insistido nas conclusões do relatório da sua agência sobre o massacre do Hamas em território israelita, sublinhando que "a investigação demonstrou um desrespeito prolongado e deliberado por parte da liderança política pelos avisos" sobre uma potencial ameaça.

O chefe dos serviços de informações também considera que as falhas de segurança pelas quais admitiu ser responsável estão intimamente ligadas "a uma política de anos do Governo" e do seu líder, Netanyahu.

O responsável do Shin Bet defende ainda que, como tinha anunciado a sua intenção de se sair do cargo antes do fim do mandato, a decisão de o despedir "não está relacionada com o que aconteceu a 07 de outubro".

Leia Também: Netanyahu anuncia demissão de chefe da segurança interna de Israel

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