A indicação das autoridades malaias surge no dia seguinte a Israel ter quebrado a trégua com o reinício dos ataques à Faixa de Gaza que, nas últimas 48 horas, causaram mais de 970 mortos, segundo um balanço divulgado hoje pelo Ministério da Saúde do enclave palestiniano, controlado pelo grupo extremista Hamas desde 2007.
Desde o início do conflito, em outubro de 2023, foram mortas 49.547 pessoas na Faixa de Gaza, segundo o ministério, citado pela agência francesa AFP.
Em Kuala Lumpur, o porta-voz do Governo, Datuk Fahmi Fadzil, sublinhou que as autoridades de segurança da Malásia estarão sempre a par do quotidiano dos 15 palestinianos, nomeadamente irão monitorizar os respetivos "movimentos e localização", e que também regularão as suas "atividades" no país.
Na terça-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros malaio, Mohamed Hassan, anunciou que a Malásia estava pronta para receber 15 dos 380 palestinianos condenados a longas penas e libertados - juntamente com dezenas de outros prisioneiros com penas mais leves - ao abrigo do acordo de tréguas firmado entre Israel e o Hamas.
O porta-voz do Governo afirmou que cerca de 100 dos prisioneiros de longa duração libertados por Israel serão alojados no Qatar e outros na Turquia. Israel exigiu que os prisioneiros considerados mais perigosos para a sua segurança fossem deportados do território palestiniano.
A guerra eclodiu em Gaza após um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 49 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
Em meados de janeiro, as partes chegaram a um acordo sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza, acompanhado da libertação de 33 reféns em troca de centenas de prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas.
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