Órban não especificou a declaração sobre "guerra perdida" mas acusou os líderes europeus de estarem a tomar decisões erradas.
"Já vejo nos olhos [dos restantes líderes da União Europeia] que todos sabem que esta guerra está perdida", disse Orbán à rádio pública húngara Kossuth em Bruxelas, onde participa na reunião do Conselho Europeu.
Neste contexto, o líder húngaro disse ainda que a maioria dos líderes europeus de pretenderem continuar a guerra enviando dinheiro e armas para a Ucrânia.
O governo de Orbán, próximo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin, recusou-se a apoiar militarmente a Ucrânia desde o início da invasão russa, há três anos.
O primeiro-ministro da Hungria reiterou que a União Europeia (UE) cometeu um erro ao apoiar a Ucrânia, frisando que o bloco europeu não vai participar nas negociações de paz, uma vez que os Estados Unidos estão a em contacto com a Rússia e com a Ucrânia.
Quanto à futura adesão da Ucrânia à União Europeia, Órban sublinhou que o processo pode vir a ser um pesado encargo financeiro e salientou que a Hungria não apoia a contração de um empréstimo conjunto pelos países da UE para apoiar a Ucrânia.
"Vai chegar o momento em que todos vão assumir que a integração da Ucrânia seria equivalente a um colapso económico da UE", afirmou.
A adesão do país à União Europeia também pode criar tensões no setor agrícola, no mercado de trabalho, na segurança e na criminalidade, bem como nos sistemas de pensões, acrescentou.
Os líderes da UE, exceto Orbán, renovaram o apoio à Ucrânia e mantiveram a pressão sobre a Rússia, mas sem mencionar os 40 mil milhões de euros de ajuda adicional propostos pela Alta Representante da União Europeia para a Política Externa, Kaja Kallas.
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